STF nega pedido e mantém posse de Walber Virgolino e mais 10 deputados bolsonaristas

O deputado estadual Walber Virgolino (Foto: reprodução)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STFAlexandre de Moraes negou, neste domingo (29), o pedido para suspender a posse de Walber Virgolino (PL) e mais 10 deputados federais eleitos suspeitos de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. Para ele, caberá ao Conselho de Ética da Câmara lidar com a questão.

Desta forma, poderão tomar posse de seus mandatos na próxima quarta-feira (1º):

  • André Fernandes (PL-CE)
  • Carlos Jordy (PL-RJ)
  • João Henrique Catan (PL-MS)
  • Luiz Ovando (PP-MS)
  • Marcos Pollon (PL-MS)
  • Nikolas Ferreira (PL-MG)
  • Rodolfo Nogueira (PL-MS)
  • Rafael Tavares (PRTB- MS)
  • Silvia Waiãpi (PL-AP)
  • Sargento Rodrigues (PL-MG)
  • Walber Virgolino (PL-PB)

Moraes também negou o pedido de abertura de um novo inquérito policial contra os políticos alegando ausência de justa causa.

Os pedidos foram feitos pelo grupo de advogados Prerrogativas. O grupo de juristas argumenta que os congressistas eleitos e reeleitos endossaram os atos terroristas realizados em 8 de janeiro, em Brasília.

O ministro pede ainda que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), seja oficiado para adoção das providências que entender cabíveis no âmbito do colegiado da Casa.

Ontem, a PGR (Procuradoria-Geral da República) se posicionou contra o pedido. Na manifestação, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos lembrou que os deputados possuem prerrogativas constitucionais, imunidade formal e material, conforme previsto na Constituição, desde a diplomação, que ocorreu em dezembro.

A posse dos novos parlamentares está marcada para o dia 1º de fevereiro, o Congresso fez uma força-tarefa para recuperar os estragos de infraestrutura causados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

A cerimônia e a eleição da Mesa Diretora da Câmara e do Senado marcam o início da nova legislatura e a expectativa do atual comando de ambas as Casas é que a formalidade reforce o processo democrático, sem alteração no tradicional roteiro do evento.