Sócio de Nego Di foi preso por suspeita de estelionato contra empresa na PB

Anderson Boneti é considerado foragido da Justiça do Rio Grande do Sul desde esse fim de semana

Nego Di no 'BBB21' — Foto: Reprodução/Globo

Anderson Boneti, sócio de Nego Di e foragido da Justiça do Rio Grande do Sul por estelionato, chegou a ser preso em 2022 pelo mesmo crime na Paraíba, onde foi processado por uma empresa de rastreamento veicular com sede em Guarabira. O caso que corre na Justiça paraibana teve origem em maio de 2013 na 1ª Vara Mista da Comarca de Guarabira, município do Brejo paraibano.

Ele foi processado pelos sócios de uma empresa que atuava no ramo de rastreamento veicular e com sede em Guarabira. À época, Boneti era representante legal de Izak da Silva Alves, um dos sócios.  De acordo com a denúncia, Anderson Boneti, enquanto representante legal de Izak, teve acesso a cheques para o pagamento de um contrato de compra de grande quantidade de aparelhos rastreadores junto a uma empresa especializada da área.

Ele, então, chegou a realizar o pagamento e pouco depois cancelou o contrato, recebendo assim o estorno do valor que havia sido efetuado. Boneti, de acordo com as investigações, teria ficado com o dinheiro estornado e usado-o em benefício próprio. Tempos depois, um outro sócio da empresa, sem saber que o contrato havia sido cancelado, e estranhando a demora na entrega dos equipamentos, foi cobrar da empresa especializada. Só aí descobriu que a compra não havia sido efetuada.

O processo contra Boneti foi aberto em 21 de maio de 2013 e demorou para ser finalizado, principalmente porque o suspeito deixou o município após o recebimento do dinheiro. Apenas em 19 de abril de 2018 o inquérito policial foi finalizado e transformado em ação penal. A prisão preventiva dele foi decretada em setembro de 2019, quando ele se tornou oficialmente foragido da Justiça.

Os autos do processo indicam que houve pelo menos duas tentativas frustradas de prisão contra ele, ainda em 2019, com buscas a partir de dados obtidos no sistema eleitoral de São Paulo. No início de 2022, Anderson Boneti finalmente constituiu advogados e pouco depois se entregou à polícia. O Ministério Público da Paraíba alega que ele só se entregou quando sabia que seria preso. Alguns dias depois, no entanto, em 7 de março de 2022, ele conseguiu um habeas corpus e desde então responde ao processo em liberdade.

Investigação

A loja virtual “Tadizuera” operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022 – ocasião em que a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nego Di fazia a divulgação em seus perfis nas redes sociais dos produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, muitos deles com preços abaixo do de mercado – uma televisão de 65 polegadas, por exemplo, era vendida a R$ 2,1 mil.

Parte dos seguidores do influenciador comprou os produtos, mas nunca recebeu, de acordo com a Polícia Civil. A investigação aponta que não havia estoque, e que Nego Di enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, apesar de saber que não seriam. Ainda assim, movimentou dinheiro que entrava nas contas bancárias da empresa.

O processo contra Boneti foi aberto em 21 de maio de 2013 e demorou para ser finalizado, principalmente porque o suspeito deixou o município após o recebimento do dinheiro. Apenas em 19 de abril de 2018 o inquérito policial foi finalizado e transformado em ação penal. A prisão preventiva dele foi decretada em setembro de 2019, quando ele se tornou oficialmente foragido da Justiça. Os autos do processo indicam que houve pelo menos duas tentativas frustradas de prisão contra ele, ainda em 2019, com buscas a partir de dados obtidos no sistema eleitoral de São Paulo.

No início de 2022, Anderson Boneti finalmente constituiu advogados e pouco depois se entregou à polícia. O Ministério Público da Paraíba alega que ele só se entregou quando sabia que seria preso. Alguns dias depois, no entanto, em 7 de março de 2022, ele conseguiu um habeas corpus e desde então responde ao processo em liberdade.

A Polícia Civil afirma que tentou por diversas vezes intimar Nego Di para prestar esclarecimentos, mas ele nunca foi encontrado. As autoridades policiais estimam que o prejuízo dos 370 clientes lesados seja superior a R$ 330 mil, mas como as movimentações bancárias são milionárias, a suspeita é de que o número de vítimas do esquema seja maior e inclua pessoas que não procuraram a polícia para representar criminalmente contra o influencer.

Via G1/PB