Sócio de Cássio é quem teria pedido propina de R$ 150 mil para campanha de Romero, revela MP

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está investigando a intermediação de uma propina entregue por um dos delatores da Operação Calvário, Daniel Gomes da Silva, para a estruturação de campanha eleitoral do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues. De acordo com o MPPB, o repasse feito foi de R$ 150 mil, a pedido do sócio do escritório de advocacia do ex-senador Cássio Cunha Lima, o advogado por Jovino Machado Neto.

Ainda conforme o MP, o pedido do “adiantamento de propina” feito por Jovino Machado Neto que consta como sócio no escritório de advocacia ‘Cunha Lima e Targino’, foi feito com a promessa de uma contrapartida, em que o município de Campina Grande aprovaria leis que possibilitassem a atuação de Organizações Sociais na gestão municipal. Veja detalhes do quadro societário do escritório, que ainda consta com o nome do atual deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) que é filho de Cássio Cunha Lima (PSDB).

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Em 2013, a base de sustentação do prefeito Romero Rodrigues aprovou na Câmara Municipal de Vereadores de Campina Grande, a ‘Lei da Gestão Pactuada’ que permitia a terceirização dos serviços municipais de saúde. “Vamos dar início à gestão pactuada com a área da saúde. Numa oportunidade próxima voltaremos a discutir, novamente em parceria com a comunidade campinense, como a gestão pactuada poderá ser implementada em outras áreas da gestão municipal”, declarou na época o prefeito Romero Rodrigues.

Em nota, a Prefeitura Municipal de Campina Grande informou que “o prefeito Romero Rodrigues jamais aceitou contribuição financeira para qualquer de suas campanhas em troca de possíveis favores futuros a grupos empresariais”. Veja o vídeo da delação de Daniel Gomes da Silva onde cita a propina feita para Romero Rodrigues.

Jovino também já havia, participado da gestão de Ricardo Coutinho, quando da aliança do socialista com o ex-senador Cássio Cunha Lima, onde ocupou o cargo de Consultor Jurídico do Governo do Estado. Jovino também foi um dos signatários das nove representações ajuizadas junto ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) contra o ex-governador José Maranhão (PMDB), então candidato a reeleição pela coligação “Paraíba Unida”.

Confira o trecho que Daniel Gomes confirma propina a Romero: