Sistema prisional paraibano passa a utilizar cães nas operações de segurança

A Secretaria de Administração Penitenciária passa a contar, a partir de agora, com os serviços do Grupo Penitenciário de Operação com Cães (GPOC) na Penitenciária de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão, em Mangabeira. Para isso, agentes foram capacitados no Curso Básico de Condução de Cão Penitenciário e, assim, poderem realizar operações de segurança com o auxílio dos cães penitenciários.

O curso foi destinado à capacitação de agentes penitenciários para condução de cães penitenciários em diversas atividades, como faro de drogas, guarda e proteção, tomada de cela, monitoramento de banhos de sol, operações de controle de distúrbio, busca de presos e atividades afins. O GPOC foi criado no ano passado.

O secretário de Administração Penitenciária, Wagner Dorta, parabenizou os concluintes do curso e ressaltou os avanços do sistema prisional paraibano. “Esta é mais uma conquista que merece destaque, uma vez que a utilização destes cães por agentes capacitados com o curso de condução vai contribuir de forma decisiva no gerenciamento de crises em unidades prisionais e em diferentes ações, a exemplo do que já vem acontecendo, inclusive com maior intensidade desde o final do ano, quando os cães foram responsáveis por apreensões importantes de materiais ilícitos dentro e no entorno das unidades e isto é bastante positivo para o disciplinamento e a manutenção da ordem no sistema penitenciário”.

Dorta acrescentou que esta foi uma das capacitações de muitas que estão acontecendo e que serão uma constante, “pois o trabalho com inteligência e capacitação vem proporcionando bons resultados e não abriremos mão de trabalhar diuturnamente para o melhoramento gradativo das ações desenvolvidas dentro do sistema prisional paraibano”.

O gerente do sistema prisional, major Sérgio Fonseca, parabenizou os concluintes e agradeceu o esforço empreendido. “Só quem trabalha com cães é quem realmente gosta de cães, que é o que pode ser percebido facilmente entre vocês. Isso é um marco dentro do sistema prisional, pois o apoio do cão é de extrema importância em situações de crise e agora contamos com um grupo capacitado e especializado, melhorando desta forma, o desenvolvimento das ações. A iniciativa serve de exemplo para que possamos manter esta relação estreita com o nosso trabalho e com as atividades de capacitação profissional”, comentou.

Para o coordenador geral do novo Grupo Penitenciário de Operações com Cães, João Rosas, “com a realização desse curso, buscamos promover uma maior segurança no ambiente prisional auxiliando nas atividades de vigilância preventiva das dependências internas e externas das unidades penais do Estado da Paraíba. Ademais, os membros do canil com os cães penitenciários deverão colaborar na realização de procedimentos de revista, detecção de celulares, drogas e explosivos, na busca e captura de presos foragidos em mata, na frustração às tentativas de fuga e movimentos de subversão à ordem e à disciplina, como motins e rebeliões em parceria com grupos táticos do sistema prisional e de outras instituições que compõem a segurança pública”.

Os agentes prisionais que participaram do curso foram João Rosas, Radamés Veras, Antônio de Pádua, Denis França, Glauber Cunha, Kléber Cavalcante e Everton Leal e os instrutores foram o capitão Arquimedes Silva, Swani Magalhães e Wanildo Martins.

A iniciativa apresentada neste projeto de realização do curso de Operações Prisionais com Cães é mais uma iniciativa da Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba (Seap) para atender de forma eficaz as necessidades do sistema prisional paraibano. Dessa forma, a Seap passa a dar continuidade a um conjunto de ações planejadas para a área de segurança prisional e a prevenção da criminalidade. A realização de ações prisionais integradas é estratégia fundamental para a consolidação de uma política de segurança do ambiente prisional, articulando-se com as questões de segurança pública e direitos humanos.