Síndromes respiratórias graves devem disparar na Paraíba, aponta Fiocruz

Boletim da Fiocruz destaca que a tendência é identificada tanto nas análises de curto e de longo prazo, que consideram as últimas três e seis semanas, respectivamente

A Paraíba está entre os estados com forte sinal de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na terça-feira (25).

De acordo com o boletim, os casos de síndrome respiratória aguda grave tendem a crescer em 25 das 27 unidades federativas brasileiras. A tendência é identificada tanto nas análises de curto e de longo prazo, que consideram as últimas três e seis semanas, respectivamente.

Entre as capitais, João Pessoa, apresentou forte sinal de crescimento, com probabilidade acima de 95%. Em Porto Velho e Vitória, porém, já pode ser observado crescimento na tendência de curto prazo. Já em São Paulo, a tendência é de estabilidade e, em Salvador, de queda.

O boletim lembra que o sinal de crescimento da síndrome respiratória aguda grave se mantém desde o início de dezembro. Diferentemente de outros momentos da pandemia, em que o SARS-CoV-2 chegou a ser responsável por mais de 90% dos casos de SRAG em que havia confirmação de infecção viral, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o Influenza A chegou a responder por 23,4% dos casos virais de SRAG, enquanto o coronavírus foi o causador de 65,2%.

Com relação ao ano epidemiológico 2022, já foram notificados 22.465 casos de SRAG em todo o Brasil, sendo 8.749 (38,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.848 (26,0%) negativos, e ao menos 5.997 (26,7%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 15,1% são Influenza A, 0,1% Influenza B, 3,1% vírus sincicial respiratório (VSR), e 73,3% Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 23,4% Influenza A, 0,2% Influenza B, 3,9% vírus sincicial respiratório, e 65,2% Sars-CoV-2 (Covid-19).

Neste ano já foram registrados 1.793 óbitos, sendo 1.122 (62,6%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 453 (25,3%) negativos, e ao menos 144 (8,0%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, 16,3% são de Influenza A, 0,2% Influenza B, 0,5% vírus sincicial respiratório (VSR), e 82,3% Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 25,1% Influenza A, 0,5% Influenza B, 0,6% vírus sincicial respiratório (VSR), e 72,2% Sars-CoV-2 (Covid-19).