Os servidores da saúde de Campina Grande decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira, 02. A categoria definiu a paralisação durante assembleia coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), na AABB. Aproximadamente dois mil efetivos devem interromper as atividades imediatamente.

O vice-presidente do Sintab, Giovanni Freire, reforçou que os trabalhadores tentam uma negociação com a Prefeitura Municipal (PMCG) e com a Secretaria de Saúde há mais de três meses. “Havia alguns prazos a serem cumpridos, mas foram desrespeitados. Na assembleia foi apresentado um documento encaminhado pela Secretaria e a categoria avaliou que este documento não contempla as reivindicações. Por isto, não há mais nenhum encaminhamento que não a greve”, enfatizou.

Segundo Giovanni, com exceção dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que deveriam ter recebido aumento desde janeiro, a categoria aguarda a proposta para o reajuste da data base ainda este mês. “Esperamos que o prefeito Romero nos receba para que haja uma verdadeira negociação para o reajuste, já que ano passado ele ofereceu 3%, o que não contempla os prejuízos dos trabalhadores, e este é mais um dos motivos para a greve”, completou.

Para o diretor de Comunicação do Sindicato, Napoleão Maracajá, é importante reforçar que outras tentativas de negociação foram feitas antes, sem nenhum resultado concreto. “É importante dizer para o povo de Campina Grande que nos últimos cinco anos o prefeito não conseguiu atender um único ponto da pauta destes trabalhadores. O governo faz reuniões vazias, responde os ofícios de forma evasiva. Lamentavelmente o governo é o grande responsável por esta decisão de hoje. A gente apela para o bom senso da população e apela para que o governo sente com o sindicato o mais rápido possível”, disse.

Urgência será mantida – O vice-presidente Giovanni Freire explicou que o atendimento de urgência e emergência será garantido durante a greve. “Aproximadamente dois mil servidores paralisam as atividades, mas lembramos que os serviços de urgência e emergência são mantidos aqui no município visto que a grande maioria destes serviços são realizados por profissionais contratados e comissionados, assim é o caso do Pedro I, UPA, Hospital da Criança, Isea. Este inclusive é um dos pedidos dos servidores, a realização de concurso público para estas áreas de urgência e emergência também”, informou.