O pastor Sérgio Queiroz parece que está mesmo determinado em ser candidato a senador e deixou claro, em entrevista a uma rádio da Capital, na tarde desta quinta-feira (17), que não faz muita questão pelo PL, após declaração do pré-candidato ao Senado Bruno Roberto, em sugerir ao pastor que procure outro partido para se filiar.
“Não tenho definição nenhuma. Agora, se você dá um passo para pré-candidatura, eu me lanço sozinho. Se for sem partido, vai ser sem partido. Eu acredito na candidatura avulsa. O que vai acontecer nesse movimento que vou dar, eu não sei. Quero parabenizar, digamos, a altivez do Bruno, do pai dele. Façam o que vocês acham que deve fazer. Quando a gente fala de uma reforma completa no sistema político, tem que ser um Dom Quixote mesmo. Meu compromisso é com a pauta federal e com a reeleição de Bolsonaro”, afirmou Queiroz.
O PL, partido que historicamente na Paraíba está sob o comando do deputado federal Wellington Roberto, é o mesmo em que Bolsonaro resolveu se filiar após sair do PSL. Sérgio Queiroz reforçou que é preciso ter uma grande mudança no sistema político, para que se dê a possibilidade de surgimento de “outsiders”.
“O caminho de uma transformação a longo prazo no Brasil passa pelas candidaturas avulsas. Esse sistema só muda quando houver um outsider, um intruso. Esse sistema atual só serve para as oligarquias. Essa é que é a verdade. Gosto de todos, são afáveis, mas se você observar, são os mesmos sobrenomes. O problema não é o sobrenome, o problema é a passagem de pai pra filho. Tem que se abrir o sistema político para todos. Ou será que a inteligência política só habita em certas famílias da Paraíba?”, desabafou o pastor.
A divergência
O filho do deputado federal Wellington Roberto, que é pré-candidato ao Senado, Bruno Roberto (PL), não gostou nada das pretensões do pastor Sérgio Queiroz em também pleitear a mesma vaga pelo seu partido na Paraíba.
“Sérgio naturalmente tem autonomia para decidir por conta própria. Ele pode inclusive buscar outras agremiações partidárias, mas creio que o nosso objetivo seja agregar para construir um palanque robusto para Jair Bolsonaro para desconstruir as mentiras pregadas muitas vezes pelos governantes estaduais e militantes de esquerda e quem queira convulsionar essa harmonia não será bem recebido pela militância bolsonarista e nem pelo PL”, disse.