Será o fim da guerra? Maranhão sinaliza trégua nas desavenças históricas com Cássio Cunha Lima

Será o milagre da água se transformar em vinho em solo paraibano e em pleno século 21? Talvez. A verdade é que o senador José Maranhão (PMDB) há semanas tem sinalizado uma possível trégua na guerra histórica contra Cássio Cunha Lima (PSDB).

Em seu discurso no Senado, o senador peemedebista relembrou os três anos de morte do ex-governador Ronaldo Cunha Lima e destacou o respeito que tem pelo filho.

“Acabo de me pronunciar no Plenário do Senado Federal. O dia de hoje marca 03 anos de falecimento do Poeta, Senador e Governador Ronaldo Cunha Lima. Proferi no Plenário minha admiração ao grande homem público que Ronaldo sempre foi e, através de seu filho, Senador Cássio Cunha Lima, demonstrei o respeito que eu e toda a Paraíba sempre o teve”, disse.

Mais um sinal de paz foi a declaração dada ao Paraíba Já no mês passado de que não teria problema em aceitar o apoio de Cássio Cunha Lima numa candidatura do PMDB à disputa pela Prefeitura de João Pessoa em 2016.

“Não existe nenhuma objeção ao apoio de Cássio, assim como o apoio de qualquer outra liderança que queira se unir ao PMDB para viabilizar a vitória do nosso candidato”, declarou.

E ressaltou que é simpático à postulação do deputado federal Manoel Junior como candidato do PMDB em 2016 na capital. Para quem não se recorda, Manoel foi um dos dissidentes nas eleições passadas, em que a legenda apoiou a reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB), no segundo turno, e o peemedebista decidiu apoiar a candidatura de Cássio. Além disso, Manoel esteve presente na última convenção do PSDB, que ocorreu também no mês passado.

O ápice da briga histórica entre Cássio e Maranhão vem desde as eleições de 2006. O tucano, que pleiteou a reeleição, disputou com o peemedebista o maior cargo do Executivo no Estado. Cássio venceu a eleição e José Maranhão travou uma batalha na Justiça Eleitoral.

Relembre – Cássio foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE/PB), em 2007, por uso de programa social em benefício de sua candidatura à reeleição durante campanha eleitoral e por  uso eleitoreiro do jornal A União na campanha de 2006, em que recorreu das decisões e permaneceu no cargo. O Tribunal Superior Eleitoral, em 2008, confirmou a cassação, mas apenas em fevereiro de 2009 é que teve seu mandato cassado em definitivo. É neste momento que José Maranhão assume o cargo.