Senadores paraibanos travam debate áspero sobre o impeachment de Dilma; assista

Paraibanos, os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) travaram um debate sobre a conjuntura política eletrificada pelas investigações da Lava Jato e pela tramitação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Lindbergh tachou de “ilegal e ilegítimo” um eventual governo de Michel Temer. “Estaremos no primeiro dia nas ruas”, anunciou. Líder do PSDB no Senado, Cássio disse que o tucanato espera “uma mudança radical” na forma de fazer política. Deseja de uma hipotética gestão Temer “propostas e programas”, não cargos.

“Tem que convencer o (José) Serra, porque ele está doido para ser ministro”, provocou Lindbergh. Cássio retrucou: “O PSDB não controla a vida do senador Serra. Mas agirá como partido.”

O senador petista, que nasceu na Paraíba mais construiu sua carreira política no Rio de Janeiro, referiu-se ao impeachment como “golpe”. Declarou que “a chapa do golpe é Michel Temer-Eduardo Cunha”, já que o presidente da Câmara “é o segundo na linha sucessória” da República.

O líder tucano defendeu a punição de Cunha. Mas enxergou “oportunismo” na retórica do colega. Recordou que o mesmo PMDB que o petismo agora chama de golpista “foi utilizado” pelos governos do PT. Realçou que Dilma foi eleita um par de vezes com Temer enganchado em sua chapa.

Para Lindbergh, o rompimento do PMDB com o governo ofereceu a Dilma a “chance de construir uma outra base parlamentar”, com o propósito de “barrar o impeachment, que é uma fratura democrática.” Disse isso sob críticas de Cássio, para quem “Dilma transformou o governo federal num balcão de negócios, uma vergonha, um escárnio público.”

Embora diga que o PT irá às ruas se Temer virar presidente da República, Lindbergh sustenta que a oposição deveria acabar com o ambiente de “Fla-Flu” caso o pedido de impeachment vá para o arquivo.

Cássio respondeu que, se Dilma sobreviver ao impeachment, o PSDB continuará acalentando a perspectiva de que a presidente seja cassada pela Justiça Eleitoral. Uma saída que levaria junto o vice Michel Temer. As informações são do blog do Josias.