Senador da PB lamenta agências fechadas e quer controle do Exército sobre explosivos

Em discurso no Senado Federal, o Senador Raimundo Lira (PMDB-PB) lamentou o fechamento das 402 das agências do Banco do Brasil em todo o País e disse que não justifica o argumento da direção da instituição de que o fechamento seria provocado por prejuízos financeiros. Lira ressaltou o papel do BB para o desenvolvimento das cidades do interior, contribuindo para a integração nacional.

Ele lembrou que o Banco do Brasil precisa manter sua característica de banco com conotação social, educacional e de integração do País e não pode ter a mesma lucratividade, rentabilidade e eficiência financeira de um banco privado. “Não se justifica o argumento de que o banco precisa dar lucro” disse.

Nesse contexto, Lira também relembrou denúncia que já fez na tribuna do Senado sobre quadrilhas que estão assaltando e explodindo agências bancárias nas cidades do interior do Brasil, o que considerou um “novo cangaço”, que tem privado a população de um serviço essencial. “É um prejuízo imenso, sobre todos os aspectos”, lamentou.

Controle dos Explosivos – Para combater as quadrilhas, Raimundo Lira defendeu um maior controle sobre os explosivos, função que, no Brasil, tem o comando exclusivo do Exército. “Essas pessoas compram explosivos como se compra pão na padaria, e isso é um absurdo”, disse. Para ele, os avanços de ataques a bancos tem esvaziado as cidades brasileiras, gerado um problema social e provocado um novo êxodo rural.

Ele disse que, recentemente, ao procurar a presidência do Banco do Brasil para solicitar a reabertura de algumas agências, os dirigentes informaram que muitas tiveram que ser reformadas até três vezes, devido a explosões.

Lira citou o caso de São João do Rio do Peixe, cidade de médio porte da Paraíba que corre risco de ficar sem agência bancária devido a recente explosão. “Será que esses cangaceiros são mais fortes e tem mais instrumentos que o Estado brasileiro?”, disse.