Sem máscara, Bolsonaro vai a Goianópolis com Pazuello e causa aglomeração

Contrariando protocolos sanitários, presidente cumprimentou pessoas que se espremiam na grade, incluindo idosos, grupo de risco da Covid-19

O presidente Jair Bolsonaro mobilizou dois helicópteros oficiais para, fora da agenda, viajar neste sábado (17) para a cidade de Goianápolis (GO), a cerca de 190 quilômetros de Brasília.

Sem o uso de máscara, o presidente decolou do Palácio do Alvorada e pousou em um campo de futebol cercado, em torno do qual pessoas de todas as idades se aglomeraram nos arredores para receber os seus cumprimentos.

Contrariando protocolos sanitários, Bolsonaro, que não usava máscara, estendeu a mão a várias pessoas que se espremiam na grade, incluindo idosos, do grupo de risco da Covid-19.

O presidente ainda carregou uma criança no colo e tirou fotos com simpatizantes.

O Brasil registrou 3.070 mortes pela Covid e completou, nesta sexta-feira (16), 31 dias com média móvel de óbitos acima de 2.000 por dia.

A visita de Bolsonaro foi transmitida ao vivo pelo deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do PSL.

Além de Vitor Hugo, estavam na comitiva o ministro da Defesa, o general da reserva Walter Braga Netto, o general da ativa Eduardo Pazuello, demitido há três semanas do Ministério da Saúde.

Desde o início da pandemia, foram perdidas 369.024 vidas no Brasil e houve 13.834.342 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2.

Apesar da queda da média móvel de mortes pelo quarto dia consecutivo, o dado permanece elevado: 2.870 mortes por dia nos últimos sete dias. A média móvel é um instrumento estatístico usado para amenizar variações de dados. Ela é obtida pela soma de todas as mortes dos últimos sete dias e divisão do resultado por sete.

A média completou, nesta sexta, 86 dias acima de 1.000 mortes por dia.

Os dados do país, coletados até as 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as secretarias de Saúde estaduais.

Assista:

Da Folha de S.Paulo