Secretário da PB sobre Coronavac: “notícia importante para um cenário de guerra”

Vírus que estamos enfrentando é um RNA, que tem grande capacidade de sobrevivência e adaptação devido à mutação

O secretário executivo de gestão da rede de Unidades de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Daniel Beltrammi divulgou áudio nesta quarta-feira (13) para comentar sobre os resultados e benefícios da vacinação contra a Covid-19, após anúncio da eficácia geral da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, que ficou em 50,4%.

De acordo com Daniel, o vírus que estamos enfrentando é um RNA, que tem grande capacidade de sobrevivência e adaptação devido à mutação. O secretário ainda destacou que a vacina Coronavac apresentou proteção contra a doença.

“A Coronavac é uma vacina de vírus inativado. Logo, expõe as pessoas que vão recebê-la a todo o material viral. Além disso, o coronavírus é um RNA vírus, que são vírus com grande capacidade de sobrevivência e adaptação, porque mutam. Ao longo de todo o mundo e em especial no Brasil, foram os profissionais de saúde da linha de frente, aqueles que foram expostos a vacina, logo pessoas que tem contato com altas cargas virais, e mesmo assim, a vacina apresentou uma proteção, ou seja, depois do contato com o vírus, metade das pessoas não apresentaram nem o início dos sintomas, não permitindo que o vírus, ao se instalar, se multiplicasse, porque foi neutralizado assim que chegou no organismo dessas pessoas”,  explicou.

Para o secretário, a notícia de que há uma ferramenta que bloqueia 50% das possibilidades de danos às pessoas é muito boa. Ele também lembrou que 10% da população paraibana foi infectada pela doença e mais de 3 mil faleceram em decorrência da doença, mas para alcançar os 60% necessários para imunidade populacional sem a vacina, 23 mil vidas poderiam ser perdidas.

“Essa é uma boa notícia. Uma ferramenta que bloqueia 50% das possibilidades de danos às pessoas é uma notícia importante para um cenário de guerra que nós estamos vivendo”, destacou.

Daniel Beltrammi ainda lembrou que já tomamos vacinas para gripe e rotavírus, que têm eficácia entre 55% e 60%. Os imunizantes, conforme ele, tem como objetivo evitar o desenvolvimento de formas graves das doenças, fazendo com que o vírus se transforme em uma gripe comum.

“Não tenho dúvida nenhuma que a Coronavc, junto com a vacina Fiocruz/Oxford e outra que virão ao Brasil, vão cumprir sim esse papel”, afirmou.

“Agora é hora de compreender estes benefícios que são fundamentais nesse cenário em que estamos perdendo tantos brasileiros e brasileiras. Hora de compreender que as vacinas são a nossa porta para um futuro em que a pandemia estará sob controle”, pontuou.

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