Secretaria de Saúde alerta para riscos de diabetes gestacional para a mãe e o bebê

A diabetes é uma doença silenciosa e perigosa em qualquer época da vida, mas quando se desenvolve durante o período de gestação o cuidado deve ser redobrado. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), a diabetes gestacional acontece em 7,6% das mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A diabetes gestacional acontece quando há o aumento dos níveis de glicose no sangue pela primeira vez durante a gravidez. Geralmente a doença é curada logo após o parto, mas a mulher que teve diabetes durante a gestação tem grandes chances de desenvolver a diabetes tipo 2 posteriormente.

Além de riscos para a mulher, a doença pode também afetar o bebê. A técnica em Saúde da Mulher da SMS, Fabiana Veloso, alerta para a doença e explica que a maioria das mulheres que desenvolvem a diabetes gestacional terá seus bebês normais desde que haja o monitoramento constante dos níveis glicêmicos.

“O diabetes gestacional que não é cuidado pode trazer problemas para o bebê, como o aumento da probabilidade de um parto cesáreo, além do risco aumentado de peso excessivo ao nascer, nascimento prematuro, hipoglicemia após o nascimento e em casos mais graves pode levar à morte de um bebê antes ou logo após o nascimento”, disse.

Alguns fatores causam risco de desenvolvimento da doença, como idade igual ou superior a 35 anos, índice de massa corporal, sobrepeso e obesidade, antecedente pessoal de diabetes gestacional, antecedente familiar de diabetes mellitus (parentes de primeiro grau); Macrossomia ou polihidrâmnio em gestação anterior, óbito fetal sem causa aparente em gestação anterior, má formação fetal em gestação anterior, hipertensão arterial crônica.

“O diabetes gestacional geralmente não causa sintomas, ou seja, é necessário estar sempre acompanhando a gestação através de exames de rotina que são realizados através do pré-natal”, orienta Fabiana Veloso.

A técnica em Saúde da Mulher da SMS explica ainda que mulheres que apresentam diabetes gestacional devem ser encaminhadas para o pré-natal de alto risco, mas continuam sendo acompanhadas pelas equipes de atenção básica visando maior controle da doença. Além do pré-natal deve ser também acompanhada por uma equipe multiprofissional (médico obstetras, endocrinologista, nutricionista, enfermeira, entre outros), a fim de prevenir complicações para a gestante (pré-eclampsia, parto prematuro, diabetes melittus) e para feto.