Salão do Artesanato já acumula mais de R$ 740 mil em vendas

O 33° Salão do Artesanato Paraibano, que ocorre até 6 de fevereiro na Orla de Cabo Branco, em João Pessoa, tem encantado paraibanos e turistas de diversos estados brasileiros. Na tarde dessa quinta-feira (27), já era grande a movimentação nos corredores do evento, que tem seguido à risca todos os protocolos sanitários contra a Covid-19 e que já acumula mais de R$ 740 mil em vendas.

Com o tema “Toda Arte que Vem do Mar”, em homenagem às artesãs marisqueiras do Litoral Sul e dos municípios de João Pessoa e Cabedelo, a estimativa é que passe pelo Salão de Artesanato um público de 100 mil pessoas.

Entre tantos visitantes que vão apreciar o autêntico artesanato paraibano traduzido em tipologias que vão do crochê às peças feitas com matérias-primas do ambiente marinho, tema desta edição, está a enfermeira de Brasília Nilzete Laurentino. “É muito gostoso de se ver toda essa riqueza, tudo muito bem trabalhado. Eu gosto muito de macramê e crochê, e tem muito trabalho feito com essas duas tipologias, que inclusive eu faço também”, disse.

De Vitória, capital do Espírito Santo, o estudante Nicolas Leite se disse surpreso com a criatividade de todos os artesãos paraibanos. “Muito bonitas as obras que têm aqui. Eu não imaginava encontrar algumas esculturas de filmes como ‘Vingadores’, por exemplo. Além disso, a gente percebe que tem muito da cultura regional, como o famoso chapéu de palha”, comentou.

A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, disse que o prestígio dado ao evento é motivo de satisfação, mas que já era esperado. “O mês de janeiro é de férias, com muitos turistas que reforçam o time de paraibanos que apreciam a sua riqueza. Isso nos deixa muito felizes, porque é o artesão, é a artesã sendo valorizados, gerando renda com dignidade”, afirmou.

A gestora do PAP, que é vinculado à Secretaria de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde), Marielza Rodriguez, destacou que a 33ª edição do Salão do Artesanato Paraibano, em plena pandemia, já é considerado como “tendo ido além das expectativas”. “O balanço que temos é parcial, mas o sentimento é de total gratidão. Gratidão ao governador João Azevêdo pelo empenho; à presidente de Honra do PAP, Ana Maria Lins, pela sensibilidade e determinação; aos parceiros; e à população, responsável por esse sucesso”, ressaltou.

O balanço parcial mostra que, até terça-feira (25), o acumulado de vendas – o que contempla também as encomendas – chega a R$ 748.340,30, com 26.750 peças comercializadas.

Artesãos comemoram

Com tantas vendas, o que não falta são artesãos satisfeitos com a participação no 33° Salão do Artesanato Paraibano. Mas eles ressaltam que participar do evento vai muito além da comercialização: reencontrar amigos e clientes e compartilhar experiências são fatores adicionais que enraízam o sentimento de satisfação.

Anilza Barbosa, artesã do município de Pitimbu, no Litoral Sul do Estado, não esconde a alegria. “A alegria da gente veio assim que a gente soube que seria homenageada, uma promessa do governador João Azevêdo. Depois veio a participação no Salão, reencontrando amigos, antigos clientes, já que participo há muitas edições, e também as vendas estão muito boas. Só agradecer”, disse.

Marlon Oliveira, de João Pessoa, participa do Salão pela primeira vez. Com exposição em habilidades manuais, ele disse que o evento está dentro das expectativas. “Claro que vendas são sempre bem-vindas, mas a minha meta era ganhar mais visibilidade, já que virei artesão há pouco tempo. E essa divulgação você encontra aqui no Salão. Então, estou muito feliz”, comentou.

Mas nem só de crochê ou conchas de mariscos é feito o Salão do Artesanato. Na Praça de Alimentação, além das atrações culturais, que encantam a alma, o visitante encontra ainda o melhor da gastronomia regional: cocada, tapioca, mel, biscoitos, tudo feito para encantar o estômago.

Também é possível encontrar um pouco da gastronomia internacional, a exemplo de comida árabe. A estudante Luana Hauschild faz com satisfação o que tem na barraca dela. “O meu padrasto é paquistanês e trabalha com a gente. Então pensamos: por que não trazer isso para o evento. Temos doce paquistanês, kebab, enfim toda uma culinária que representa o Paquistão”, contou.

O Salão do Artesanato Paraibano é uma realização do Governo da Paraíba e do Sebrae-PB em parceria com o Empreender-PB; Empresa Paraibana de Comunicação (EPC); Companhia de Água e Esgotos da Paraíba  (Cagepa); Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB); Junta Comercial do Estado da Paraíba (Jucep); Procon-PB; Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (Funesc); Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep); Prefeitura Municipal de João Pessoa; e Arquidiocese da Paraíba.

O tema do 33° Salão do Artesanato Paraibano é “Toda Arte que Vem do Mar”, em homenagem às artesãs dos municípios de Pitimbu, Cabedelo e João Pessoa que trabalham com matérias-primas do ambiente-marinho, a exemplo de escamas de peixe e conchas de marisco.

O Salão, tradicionalmente realizado duas vezes ao ano – em janeiro, em João Pessoa; e, em Campina Grande, no mês de junho – já faz parte do calendário de eventos do Estado, sendo uma grande oportunidade de reunir a família e amigos, pois, além das peças artesanais, verdadeiras obras de arte, conta com o melhor da gastronomia e com diversas atrações culturais.