Russos e americanos dividindo o mesmo centro de treinamento. Trabalhando praticamente lado a lado. Antevendo uma rivalidade histórica no esporte. E tudo isto a pouquíssimos dias dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Pois é exatamente este cenário que vai se registrar em João Pessoa, na Vila Olímpica Parahyba. Isto porque a capital paraibana possui hoje um dos parques aquáticos mais modernos do país e foi escolhida como parada final de aclimatação antes dos Jogos para a seleção russa de nado sincronizado e para a seleção norte-americana de saltos ornamentais. Ambas vão treinar no local exatamente no mesmo período, entre os dias 29 de julho e 3 de agosto (a abertura das Olimpíadas acontece em 5 de agosto).
No caso da equipe russa, a presença é ainda mais emblemática. O time russo de nado sincronizado é tetracampeão olímpico de nado sincronizado e chega ao Brasil como principais favoritos ao título, tanto nas duplas como na disputa por equipe.
Já o time americano de salto ornamental, que historicamente sempre esteve entre os melhores do mundo, nos últimos tempos viu os chineses assumirem a supremacia da modalidade. E se prepara para o embate no Rio bem ao lado dos russos.
O técnico americano Steve Folley, inclusive, é só elogios à cidade:
– João Pessoa é uma parte importante da nossa preparação. Estamos muito empolgados – comentou.
Russos e americanos, inclusive, chegarão a João Pessoa no mesmo dia em que o time do Brasil de nado sincronizado estará deixando a cidade. O país-sede realiza a última etapa de preparação para os Jogos em João Pessoa, entre 19 e 29 de julho. E mesmo sem chances de medalhas, os brasileiros querem representar bem o país. E, quem sabe, chegar numa posição inédita no país, ficando pela primeira vez entre os oito melhores do mundo.
Legado indireto
A presença destes times internacionais é visto com bons olhos pelos atletas locais. Na primeira passagem das americanas pelo complexo esportivo paraibano, alguns benefícios já foram colhidos. E quem fala sobre o assunto é o técnico Edmundo Vergara, que comanda a seleção paraibana de saltos ornamentais:
– Observando alguns exercícios que os americanos fazem no treinamento, eu comecei a adotar estas práticas no treino que eu realizo com os atletas paraibanos. E já percebemos que estas novidades estão surtindo efeito. A presença deles está enriquecendo o meu trabalho – explicou.
Informações do Globo Esporte Paraíba.