Rodrigo Pacheco derrota bolsonarista e é reeleito presidente do Senado

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do Senado e comandará a Casa pelos próximos dois anos, após votação ocorrida nesta quarta-feira (1º).

Pacheco, que contou com o apoio do PT, venceu a disputa contra Rogério Marinho (PL-RN), que contava com o apoio da bancada ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Rodrigo Pacheco obteve 49 votos contra 32 de Rogério Marinho (PL-RN). Não houve nenhum voto em branco. Eram necessários 41 votos para assegurar o cargo.

A corrida pela presidência da Casa Alta repetiu a polarização da eleição presidencial do ano passado, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Pacheco, candidato de Lula, venceu Marinho, o nome do bolsonarismo, também com margem pequena, mas com mais folga do que alguns interlocutores esperavam.

Ao longo de sua campanha interna, Pacheco disse ter feito uma defesa relevante da democracia e afirmou que ia fazer uma gestão “sem revanchismos”. O senador comentou que a atual oposição, os aliados do ex-presidente Bolsonaro, ficaram contra a sua candidatura após ele ter defendido a democracia nos momentos “necessários” e também fez a defesa da vacina e combateu o negacionismo, trazido por políticos e pessoas ligadas ao bolsonarismo.

Os últimos dias antes da votação foram marcados por intensa articulação em apoio às duas candidaturas. Há uma semana, as previsões feitas por interlocutores do Senado apontavam cerca de 60 votos a Pacheco. No entanto, desde o anúncio oficial da candidatura de Rogério Marinho, no sábado (28/1), a vantagem especulada diminuiu, mas não o suficiente para dar vantagem a Marinho.

Rodrigo Pacheco será presidente do Senado pelos próximos dois anos, até 31 de janeiro de 2025.

A votação ocorreu após a posse dos novos 27 senadores.