Rio de Janeiro ultrapassa a marca de 50 mil mortos por Covid-19

m ritmo mais que duas vezes mais acelerado que no início da pandemia, o estado do Rio de Janeiro ultrapassou, nesta quinta-feira (27), a marca de 50 mil mortos por Covid.

Da primeira morte na pandemia até a de número 10 mil, houve um intervalo de 103 dias. Entre 40 mil e 50 mil, foram 43 dias. Veja a evolução dos óbitos:

  • 1 a 10 mil mortes – 103 dias
  • 10 mil mortes a 20 mil mortes – 114 dias
  • 20 mil mortes a 30 mil mortes – 103 dias
  • 30 mil mortes a 40 mil mortes – 71 dias
  • 40 mil mortes a 50 mil mortes – 43 dias

Foram 226 óbitos confirmados nas últimas 24 horas, totalizando 50.125 desde a primeira morte registrada no estado, em 19 de março. A média móvel está em 156 óbitos por dia, pelo segundo dia consecutivo em queda: 29% menor que a média de duas semanas atrás.

média de casos também caiu 29% – com 2.964 novos registros, foi a 3.176/dia.

O estado é o terceiro mais populoso do Brasil, mas é o segundo com mais vítimas da doença por números absolutos — atrás apenas de São Paulo, que já passou das 108 mil.

Considerando o número de mortos por 100 mil habitantes, o Rio é o quarto estado com mais mortes: atrás de Roraima, Amazônia e Mato Grosso. São 287.33 mortes/100 mil.

A marca foi atingida no dia em que foi confirmada a morte, por Covid, do sambista Nelson Sargento.

Se fosse um país, RJ seria o 2º pior do mundo

Protesto da ONG Rio de Paz na Praia de Copacabana, lembrando os 400 mil mortos de Covid no país — Foto: Rio de Paz/Divulgação

Em números absolutos, o estado do Rio tem mais mortes do que 162 países, como Chile, Bélgica, Portugal, Iraque e Japão.

O número de mortos por 100 mil habitantes do estado é maior do que todos os países do planeta, exceto a Hungria.

Mais mortos do que cidades inteiras

O número de mortos equivale, por exemplo, a mais do que toda a população de Mangaratiba e seus 45.220 moradores ou Paraty, que têm 43.680. Dos 92 municípios do Rio, 55 têm população menor do que 50 mil habitantes.

‘Muito difícil’, diz pai que perdeu filho

Marcio Antônio do Nascimento perdeu o filho Hugo, aos 25 anos, para a Covid. Em 11 de junho do ano passado, a imagem dele ficou conhecida quando ele interrompeu a ação de um homem derrubava as cruzes de um protesto pelas vítimas da Covid.

Recentemente, ele perdeu também a irmã Rosângela. “Uma irmã de 51 anos que, de repente, já poderia estar vacinada e não estava. É um óbito atrás do outro”, desabafa.

“O que dá desesperança é porque a gente vê que realmente não está melhorando. Quando eu perdi o meu filho, eu me lembro, eu acho que eram 7 mil óbitos. Hoje nós já estamos em quase 450 mil. Então, é muito difícil. Muito difícil porque é uma dor que vai perdurando”.

Do G1.