Ricardo se solidariza com família de PM assassinado e apela por mudanças na lei

Depois do assassinato do tenente da Polícia Militar (PM) Ulisses Costa, na noite desta quinta-feira (04) em Mangabeira, durante operação, o governador Ricardo Coutinho (PSB) se pronunciou e se solidarizou com familiares, destacando que o trabalho executado pela PM, Polícia Cívil (PC) e Polícia Federal (PF) evoluiu, assim reduzindo índices nos setor de segurança pública em toda Paraíba.

Ricardo ainda afirmou que defende uma mudança nas leis brasileiras para que sejam mais eficazes em determinadas ocorrências de crimes no país.

De acordo com o governador, é preciso compaixão com familiares do PM morto durante o trabalho, dissertando sobre as qualidades do mesmo durante sua passagem no governo do estado.

“É um dia triste para todos paraibanos com o ocorrido na tarde/noite de ontem, tenho consciência que da perda familiar porque muitas vezes a gente fala de outros aspectos, mas acho que a maior perda é dos pais que perdem um filho tão jovem, perda de alguém com uma carreira promissora, um vida toda pela frente. Tive a oportunidade de ter seu auxílio fazendo segurança aproximada do governador, depois galgou e foi para o serviço de inteligência do 5° BTPM (Batalhão da Polícia Militar), teve preparo para isso, houve investimento nele e ele respondeu de uma forma extremamente positiva, e ontem infelizmente encontrou com seu destino que talvez não foi seu destino apropriado, mas que todos aqueles que desenvolvem suas atividades inerentes à segurança pública, que sabem que em determinadas missões isso poderia ocorrer”, disse.

Ricardo ainda ressaltou os serviços realizados pelas polícias argumentando os devidos crescimentos, comparando com gestões anteriores e afirmando que se o Estado continuasse no ritmo em que estava antes de ser eleito, possivelmente as taxas aumentariam devido a precarização das corporações.

“Me solidarizo com toda instituição e eu sei do trabalho das polícias na Paraíba, sei o que era e sei o que é hoje, sei também que precisamos evoluir, mas sei também do passo que foi dado. São raros os crimes que não são desvendados quase que imediatamente pelas polícias. A polícia sempre está presente, porque se não tivesse presente e se tivesse continuado aquilo que existia aqui no Estado, estaríamos hoje com um patamar que elevaria mais de cinco mil por ano de homicídios e violência. Foram essas polícias, não o governador, o trabalho deles que fizeram com o que houvesse contenção e até redução em vários itens classificados da segurança pública, esse trabalho que quero honrar é um trabalho dentro da legalidade”, explicou.

Para o socialista, é preciso que o Congresso Nacional modifique algumas punições dentro do código penal – porque este seria o motivo do aumento da criminalidade do Brasil – para que possa haver a conscientização das pessoas o quanto é errado cometer atos ilícitos. Ricardo ainda propõe a criação de um Ministério distintivo para debater sobre a segurança pública e assim reduzir os altos índices divulgados no país.

“Não se pode matar e depois de um ou dois anos estar na rua para poder matar outro, é preciso compreender que um crime de homicídio, um crime de assassinato é preciso ter uma pena dura e cumprir integralmente, um crime como este de ontem não pode ter direito a nenhuma redução, é isso que tenha conclamado, que você precisa para alguns casos dentro do código penal, para que as pessoas percebam que esse é um péssimo caminho, não é possível isso acontecer, e principalmente se matar um agente público que promove a segurança pública coletiva das pessoas, porque quando isso acontece, até o mínimo respeito está se perdendo e isso só pode ser feito pelo Congresso, ou na esfera federal, tenho repetidamente que desde ano passado, é preciso a criação de um ministério específico para segurança, não posso achar normal um país que dia que está em paz, diz que não tem guerra morrer 55 mil pessoas, onde estamos? Numa carnificina dessa, e não temos política nacional, é preciso uma política de nivelamento das ações, e falo muito a vontade, o patamar da Paraíba é superior a outros estados, nós graças a Deus estamos evoluindo com talento e compromisso com os que fazem as políticas de segurança pública, agora isso não acontece no país inteiro. É preciso tornar as coisas mais difíceis em alguns casos, por exemplo alguém aparece com uma moto roubada furtando durante a madrugada paga r$ 600 está fora, e no outro dia novamente rouba com outra arma, se é pra pagar que pague mas uma fiança lá em cima, para que as pessoas percebem que não está certo isso, porque para quem comanda, esse valor tem para assaltar durante dez vezes ao dia. Agora quem pode aumentar fiança, não somos nós, apenas cumprimos a lei, que a indignação que nos move nesses momentos”, concluiu.