RC revela que Cássio pedia dinheiro para pagar contas de envolvido no Caso Concorde

O governador Ricardo Coutinho (PSB) resolveu rebater as afirmações do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que teria dito que não tem preço. Através de nota, Ricardo expõe que, em seu primeiro mandato, o tucano esteve desesperado para pagar contas de Olavo Cruz, que é apontado como um dos envolvidos no escândalo que ficou conhecido como ‘Caso Concorde’ ou ‘Dinheiro Voador’

Leia na íntegra nota de Ricardo:

“Passei o meu primeiro mandato inteiro com esse senador desesperado para pagar faturas que dizia ser de Olavinho. Talvez por isso, na pré-campanha, além da vaga de vice, da defesa de um legado de uma gestão inoperante, como foi a dele, queria algo “não republicano”, no dizer de um dos interlocutores. Como eu queria desmascará-lo, não teve nenhuma dessas coisas. Repito: a Paraíba sabe que não dou dinheiro a político algum, principalmente a vagabundo. Tenho mais coisas a fazer. Diferentemente dele, fui eleito para trabalhar”.

Relembre o ‘Caso Concorde’

No final da noite do dia 27 de outubro de 2006, antevéspera do segundo turno das eleições, fiscais da Justiça Eleitoral compareceram ao Edifício Concorde, localizado na Avenida Epitácio Pessoa, em João Pessoa, com o intuito de verificar a denúncia de distribuição de dinheiro para compra de votos. Ao se dirigirem ao local indicado, precisamente à sala 103, o proprietário do imóvel, Olavo Cruz de Lira, não impediu que os fiscais adentrassem ao estabelecimento.

No entanto, quando estavam deixando o prédio, os fiscais da Justiça Eleitoral foram informados por populares que alguém da sala 103 havia jogado alguns materiais para fora da janela, que acabaram caindo no telhado de proteção do estacionamento externo do Edifício Concorde. Depois disso, a Polícia Federal foi acionada.

Ao subirem ao telhado do estacionamento, fiscais da Justiça Eleitoral e agentes da Polícia Federal encontraram uma caixa e um saco contendo várias contas de água e energia elétrica quitadas, títulos eleitorais, camisetas amarelas, além de vários maços de cédulas de R$ 50,00, totalizando R$ 304.050,00.

Dois dias após, ao cumprirem mandado de busca e apreensão na sala 103 do Edifício Concorde, policiais federais apreenderam mais R$ 102.870,00 em espécie, uma pistola Calibre 380, computador, notebook, contas de água e energia, material de propaganda eleitoral e várias notas de controle de combustível. As duas apreensões em dinheiro totalizam, à época, R$ 406.920,00.