O governador Ricardo Coutinho (PSB) recorreu, nesta quinta-feira (5) um episódio trágico da cena política paraibana para justificar a implantação na Paraíba da Lei 11.097, que estabelece a criação de cargos para a segurança pessoal de ex-governadores.

Em entrevista durante a entrega da obra de adequação e restauração da PB-018, que liga a BR-101 à praia de Jacumã, Ricardo lembrou do atentando contra a vida do ex-governador da Paraíba Tarcísio Burity, em 1993.

“Eu acabei com as facilidades e com as fortunas que eram feitas na Paraíba a partir do poder público, agora tu imagina bem, se o ex-governador Tarcísio Burity tivesse um segurança, talvez não tivesse sofrido o atentado que sofreu”, lembrou Ricardo e alusão aos três tiros disparados pelo então senador Ronaldo Cunha Lima contra o ex-governador Burity.

Ainda na entrevista, Ricardo comentou as críticas feitas pelos senadores Cássio Cunha Lima (PSDB), filho de Ronaldo, e José Maranhão (MDB) a criação da Lei 11.097. “Cássio faz a política do disse-me disse. O ex-governador José Maranhão com certeza foi iludido por uma criação midiática principalmente do Sistema Correio e do Sistema Paraíba. Eles criaram uma história de guarda, que não existe”, destacou.

“Determinados governantes fizeram uma crítica porque eles nunca tiveram problemas em relação à segurança. Sabe por que? Porque eles sempre pactuaram com a bandidagem, seja a bandidagem de colarinho branco. Observem o que é que está acontecendo na Grande João Pessoa, todo mundo que caiu é ligado a eles. Todo mundo que caiu aparecia em fotos de braços dados com o senador Cássio… Enquanto que eu não tenho pactuação nenhuma com esse tipo de gente”, completou Ricardo.

O governador aproveitou também para rebater informações que estão sendo divulgadas sobre a lei. “O que criaram na Assembleia teria sido uma ajudância, que caso um governante quisesse ou precisasse, ele reivindicaria, o que conceitualmente é adequado e justo porque quem toma medidas, como por exemplo eu tomo, evidentemente que é uma coisa aceitável. Isso tem no Brasil inteiro… Essa coisa de guarda é invenção desses dois sistemas que se odeiam entre si, mas que nas eleições eles se juntam contra mim”, finalizou.