O governador Ricardo Coutinho (PSB) lamentou a queda de João Pessoa no ranking do índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado na semana passada. Relembrando o tempo em que foi gestor da Capital, Ricardo relatou que durante os cinco anos em que foi prefeito, a cidade foi referência em investimentos e sempre esteve no topo do ranking entre capitais do Nordeste.
“Eu fui prefeito dessa cidade por mais de cinco anos e fui referência em investimentos. O índice Firjan apontava que João Pessoa era primeiro lugar no Nordeste. Ela tinha 0,72 em 2009. Hoje João Pessoa está em 6º lugar, dentre as capitais do Nordeste, com 0,55. Ou seja, caiu a sua gestão”, explicou.
Afirmando que, em todos os seus mandatos, como prefeito de João Pessoa priorizou a gestão pública, Ricardo declarou que pode andar de “cabeça erguida” pela cidade e que suas obras como governador, em João Pessoa, são significativas.
“Não sou eu que estou dizendo, é a Firjan, que divulgou na semana passada e quase ninguém falou disso, mas João Pessoa caiu de uma forma temerária. Nós tivemos uma capacidade de priorizar a gestão pública e através da gestão fazer muito por essa cidade como prefeito. Na condição de governador, eu posso andar de cabeça erguida nessa cidade. Se você retirar Perimetral Sul, Avenida Cruz das Armas, Trevo das Mangabeiras, Viaduto do Geisel, o que é que fica em João Pessoa quando se fala de mobilidade urbana?”, questionou.
Para Ricardo, a falta de gestão do dinheiro público na cidade é uma das razões para João Pessoa ter caído no ranking do índice Firjan, pois, a cidade recebe verba suficiente para ter um ritmo de crescimento.
“E esta cidade é melhor de se governar do que o Estado, porque é menos complexa, porque proporcionalmente tem mais dinheiro. São R$ 2 bilhões por ano. Qual foi a escola que foi criada? Conseguiram passar quatro anos e não fizeram uma escola. Isso é muito grave, porque você governa e diz que gosta muito do povo, mas não faz uma escola? Eu fiz 40 como governador, fiz mais de 12 com recursos próprios, não fui atrás de dinheiro nenhum”, afirmou.
Para Ricardo, “abrir meio fio” e colocar ar-condicionado em escolas não é o suficiente para João Pessoa e a verba arrecadada pelo município daria para fazer muito mais pela população.
“Como é possível olhar para essa cidade que tem R$ 2 bilhões de orçamento e esse orçamento não servir para melhorar a vida das pessoas, a não ser piorar, inchar a máquina, e não dar satisfação a ninguém? Abrir um meio fio ou botar um ar-condicionado e fazer inauguração disso, ou seja, esse não é o tamanho de João Pessoa. O tamanho dessa cidade é muito maior. Estou dizendo isso não por conta de uma disputa, mas por conta de uma gestão, a cidade se apequenou”, criticou.