Ricardo garante incentivos para o setor sucroenergético da Paraíba

O governador Ricardo Coutinho afirmou que vai continuar incentivando o setor sucroenergético da Paraíba pela sua importância na economia e a geração de emprego e renda.  Durante visita na manhã desta sexta-feira (27) à Usina Japungu, em Santa Rita, ele anunciou que a partir do mês de maio o Estado recomeça a distribuição das sementes da cana para os pequenos produtores.

Durante a visita, o governador conheceu o processo de colheita, irrigação por gotejamento, da produção do açúcar e do álcool e assistiu a uma peça de teatro “Orgulho de ser Cortador”, encenada pela Cia Paraíba de Drama e Comédia. Participaram da visita o proprietário da Usina Japungu, José Bolivar; o secretário de Agricultura do Estado, Rômulo Montenegro,  presidentes da Faepa, Mário Borba,  da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murílo Paraíso, e do Sindalcool, Edmundo Barbosa, e trabalhadores da usina.

O governador Ricardo Coutinho destacou a importância do setor sucroenergético na geração de receita e de mais de 40 mil empregos, além da produção de energia renovável. “Temos isso aqui e o Brasil precisa compreender a importância de investir neste ‘tesouro’. Neste sentido trabalhamos para o  aumento da cota da Paraíba na venda do açúcar para o Estados Unidos e concedemos incentivos fiscais para a produção do álcool.

Ricardo afirmou que o Estado, nestes últimos quatro anos, realizou investimentos de R$ 6 milhões no setor, na distribuição de sementes de cana para mais de 700 produtores. “Continuaremos a distribuir as sementes em maio porque precisamos investir nos pequenos produtores e queremos continuar sendo parceiro em algo essencial para o desenvolvimento do Estado”, observou.

O proprietário da Usina Japungu, José Bolivar, destacou que o Governo tem sido sensível às necessidades do setor com avanços no campo fiscal e de proteção do açúcar paraibano diante do produzido fora. Ele colocou como grande desafio do setor a questão da irrigação que, na sua visão, deve ser tratada como política nacional.

O empresário destacou que as duas usinas do grupo geram 3.400 empregos e que nos últimos anos se verificou uma melhora nas condições de trabalho, direitos trabalhistas e lucro dos cortadores de cana. “Mesmo com a mecanização, muitos dos nossos operadores de máquinas são ex-plantadores”, comentou.

O presidente do Sindicato dos Cortadores de Cana de Sapé, João Aldo, frisou que nos últimos anos a realidade dos cortadores de cana melhorou com a conquista de direitos trabalhistas, como o pagamento do seguro-desemprego na contra safra. “Antes precisava pai e filho trabalhar para fazer um salário mínimo. Hoje, de acordo com a produção, um cortador pode ter uma renda média de dois salários mínimos”, disse.

O cortador de cana Luiz Malaquias trabalha há 22 anos na colheita da cana, e afirmou que hoje é um homem feliz e realizado. Ele contou que passou por momentos difíceis em que o pouco que ganhava gastava com bebida e comida. “Por mais que trabalhasse minha vida só ia para baixo, mas Deus me tocou e os amigos de trabalho me convenceram a deixar de beber e foi o melhor que fiz. Hoje tenho meu emprego, minha casa própria, minha família e tudo que preciso para ser um homem feliz”, destacou.