Revista Piriah realiza segundo seminário em Campina Grande

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) realiza, na cidade de Campina Grande, o Segundo Seminário da Revista Piriah com o tema ‘Entre o Muro e a Galeria – A perspectiva da Arte no século XXI’. O evento vai ocorrer no Museu de Arte Popular da Paraíba, conhecido também como Museu dos Três Pandeiros, no próximo dia 10, às 19h.

 

Os Seminários da Revista Piriah se apresentam enquanto desdobramentos das seções da revista e, nesta edição, vai tratar da relação do grafite frente à vida urbana e o cotidiano social. É neste cenário, de fortalecimento dos direitos culturais, que Thayroni Arruda, artista urbano e doutorando em Antropologia Social, debaterá sobre como o grafite passa a fazer parte da paisagem urbana das cidades.  A roda de diálogo da revista contará também com participação de Alex Araújo e de Shiko, artista visual e grafiteiro.

 

Para a Secult, já não mais se discute que grafite não é arte. Ele ocupa, atualmente, uma legitimidade institucional, cultural e artística que demonstra como esta manifestação alcançou o patamar de arte contemporânea. Muito embora, paradoxalmente, pode ser concebido de forma anônima, espontânea e marginal. Diante do complexo sistema comunicacional que mistura escrita e pintura, o grafite passa pela tutela da manifestação artística enquanto valor cotidiano da cidade e, podendo sim, ser considerado patrimônio cultural.

 

De fruição coletiva, sua dimensão simbólica se afirma, a partir do empoderamento social, como expressão de arte e pensamento coletivo, visto que seu caráter pedagógico propõe integrar pessoas em risco social e, daí, formar novos artistas. O mais importante, nessa roda de dialogo, é discutir uma identidade acerca do grafite. O debate discorrerá ainda sobre a temática da repressão e suas consequências na atual sociedade. Ignorar a importância social, artística, econômica, turística, antropológica e urbanística que os grafites possuem é um erro grave.

 

Sobre Thaironi Arruda – Artista urbano e doutorando em Antropologia Social, Thayroni Arruda destaca-se na produção e sobreposição de materiais reaproveitados e o graffiti criando um equilíbrio entre a matéria bruta e traços, detalhadamente pintados, ingênuos de seus personagens. Nascido em Campina Grande na Paraíba, teve o seu primeiro contato com a cultura “urbana” ainda na infância quando morava na cidade do Recife. Voltando a cidade natal, Thayroni Arruda ingressou na UFCG como estudante de Ciências Sociais e destacou-se como um dos pioneiros da street-art na cidade.

 

Serviço

2º Seminário da Revista Piriah: Entre o Muro e a Galeria – A perspectiva da Arte no século XXI.

Local: MAPP – Museu de Arte Popular da Paraíba || Museu dos Três Pandeiros

Data: 10 de fevereiro

Horário: 19h