Relatório da CPI da Covid aponta paraibano como ‘líder das fake news’ na pandemia

Organização tinha como objetivo gerar engajamento da base de apoio popular ao presidente Bolsonaro e promover ataques para enfraquecer adversários políticos

Paraibano começa a ser escanteado no 'gabinete do ódio' de Bolsonaro
Paraibano Tércio Arnaud com Bolsonaro - Foto: Facebook

O paraibano Tércio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência da República, é apontado como integrante do núcleo formulador, que atua especialmente dentro do Palácio do Planalto, conhecido popularmente como Gabinete do Ódio. A organização tinha como objetivo gerar engajamento da base de apoio popular ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e promover ataques para enfraquecer os seus adversários políticos. A informação está publicada no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.

“Vale destacar que as investigações apontam o núcleo formulador de fake news como determinante na engrenagem criada para desinformar”, destaca trecho.

De acordo com o documento, em um dos núcleos da organização, denominado ‘Gabinete do Ódio’, Tércio e Filipe Martins, também assessor, tiveram suas atuações comprovadas na pandemia. A comissão afirma que além de gerar engajamento para o presidente, o grupo também tinha como objetivo promover ataques para enfraquecer seus adversários políticos.

A configuração do gabinete demonstrada nesse relatório leva em consideração os depoimentos de alguns dos seus integrantes à Polícia Federal, assim como as declarações de políticos e assessores em oitivas realizadas no âmbito de investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

“(…) convém registrar que essa organização não agiu apenas para produzir e difundir fake news contra as medidas sanitárias adotadas por governadores e prefeitos no curso da pandemia de Covid-19. Muito além disso, essa mesma organização também agiu e vem
agindo em direção a outros alvos”, cita trecho.

Conforme o documento, o paraibano aparece como dono de diversas contas (entre perfis pessoais e páginas) no Brasil que foram suspensas pelo Facebook e pelo Instagram por infringirem as regras de conduta dessas redes sociais. Nas contas que ainda mantém, faz postagens com conteúdo negacionistas, com o intuito de defender o governo federal.