Muito pouco sabe da greve de fome de quatro alunos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que já dura quatro dias. Ao menos é isso o que a reitora da instituição Margareth Diniz alegou, em entrevista ao Paraíba Já, pois estava esta semana em Brasília, mas que estará de volta ainda nesta sexta-feira (26), e se reunirá com o vice-reitor Eduardo Rabenhorst, para tomar conhecimento de todas as reivindicações.
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O protesto dos estudantes é contra o resultado da seleção do auxílio-moradia, um recurso de R$ 550,00 pago mensalmente pela UFPB para ajudar alunos de baixa renda de outras cidades ou Estados a se manter nos Campi.
“Estou voltando de Brasília e dependendo da hora que eu chegar na sexta-feira, conversarei com o vice-reitor para ver os encaminhamentos”, afirmou.
Margareth afirmou que não houve redução no valor do auxílio-moradia, e que inclusive, um dos estudantes que está participando do protesto, é contemplado pelo programa.
“Um dos meninos que está lá tem o auxílio-moradia de R$ 550,00, mais eles acham que é pouco. É preciso sentar e ver. Eduardo está ciente dessas reivindicações, pois algumas pessoas já sentaram e conversaram com ele, e assim que eu chegar irei me inteirar do que está acontecendo e vou tentar uma negociação para encerrar a greve, pois ela não é bom nem para eles nem para a universidade”, explicou.
As informações de que o alimento destinado aos estudantes do Campus I, feito no Restaurante Universitário (RU) da UFPB, estragou foi confirmada pela reitora, e de acordo com ela o que ocasionou isto, foi o fato dos estudantes terem impedido a passagem do caminhão que faz o transporte dos alimentos.
“Os estudantes impediram a saída do caminhão com a alimentação, então demorou muito tempo. A comida estragou, mas nós fizemos toda a documentação e encaminhamos as instâncias, para apurar as responsabilidades, pois não é justo deixar mais de dois mil estudantes sem alimentação. E quem fez isso será responsabilizado”, relatou.
Os estudantes afirmam que o movimento tem ganhado força e apoio dos docentes da universidade, movimentos sociais, sindicatos e outros setores da sociedade civil, que iniciaram uma rede de cooperação, os “acorrentados”. E de acordo com eles “o ato se prolongará até o cumprimento das exigências a curto prazo e a garantia de uma mesa de diálogo para alcançar as metas a longo prazo”.