Rede social usada por apoiadores de Trump sai do ar por incitação à violência

Fundador confirmou que seu aplicativo não estaria mais disponível, e acusou os gigantes da tecnologia de estarem em uma "guerra contra a liberdade de expressão"

A rede social Parler foi desativada nesta segunda-feira (11) após a Apple e a Amazon suspenderem, no sábado (9), o aplicativo de suas lojas virtuais e de seus serviços de hospedagem. Na sexta (8), o Google já havia tomado decisão semelhante.

O site de rastreamento de internet Down For Everyone Or Just Me mostrou a rede Parler desativada pouco depois da meia-noite, o que sugere que seus donos não conseguiram nenhum outro provedor de serviço, destacou a agência de notícias France Presse (AFP).

O Down For Everyone Or Just Me exibe a seguinte a mensagem sobre a Parler:

“Não é só você! parler.com está fora do ar.”

Internet suspende rede social Parler — Foto: Reprodução
Internet suspende rede social Parler — Foto: Reprodução

Em uma série de “posts”, o fundador da rede social, John Matze, confirmou no sábado que seu aplicativo não estaria disponível a partir do dia seguinte, e acusou os gigantes da tecnologia de estarem em uma “guerra contra a liberdade de expressão”. Procurada pela AFP, a Parler não quis comentar o assunto.

Incitação à violência

Google, Apple e Amazon alegam que a rede social não tomou medidas adequadas para evitar a disseminação de postagens de apoiadores do presidente dos EUA, Donald Trump, incitando a violência, depois da invasão ao Congresso dos Estados Unidos que deixou 5 mortos.

“Suspendemos a Parler na App Store até que eles resolvam esses problemas”, disse a Apple em um comunicado. A Apple havia dado 24 horas para que a rede social apresentasse um plano de moderação detalhado.

A Amazon, por sua vez, suspendeu a rede de sua unidade Amazon Web Services (AWS), por violar os termos de serviço da AWS ao falhar em lidar, de forma eficaz, com um aumento constante de conteúdo violento no serviço de rede social, informou o BuzzFeed News.

Já o Google disse que o aplicativo precisa demonstrar moderação de conteúdo “robusta” se quiser voltar à loja.

Do G1