Recursos liberados pela JFPB: Governo comprará insumos, e PMJP e HU vão adquirir testes para coronavírus

A Justiça Federal na Paraíba (JFPB) acolheu solicitação do Ministério Público Federal (MPF) e determinou a liberação de R$ 400 mil para o Governo do Estado, R$ 250 mil para a Prefeitura Municipal de João Pessoa e de R$ 50 mil para o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW). Os valores servirão para ações de prevenção ao coronavírus (Covid-19). Apesar de um imbróglio envolvendo a Prefeitura de Cabedelo exigindo os recursos em sua totalidade para o município, a JFPB negou o recurso e já liberou valores para o HULW.

E como será que os recursos serão usados? O Paraíba Já foi buscar os encaminhamentos das verbas junto aos três beneficiados. O Hospital Universitário da Capital e a Prefeitura de João Pessoa vão adquirir testes rápidos para o novo coronavírus (Covid-19), enquanto o Governo do Estado comentou que a prioridade atual tem sido a compra de insumos – já que adquiriu 500 mil testes nos últimos dias.

Governo do Estado

Estado também recebido doações de diversos tipos de entidades, secretário agradeceu

Ao comentar sobre o saldo da reunião com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, destacou que a prioridade da Paraíba é a aquisição de insumos, para serem usados nas unidades hospitalares que tratam o novo coronavírus.

“Os insumos são máscaras, ventiladores e leitos de UTIs completos”, informou o secretário, ao falar sobre a utilização dos recursos provenientes do Ministério da Saúde.

O Estado também recebido doações de diversos tipos de entidades. O secretário agradeceu o gesto e comentou sobre o momento atual na sociedade.

“Esse é o reconhecimento do sentimento cidadão do brasileiros, este sentimento estão aflorando nesse momento. Todos os empresários, setores produtivos do país estão se unindo no sentido de que possamos atravessar esse preocupante problema de saúde pública, que é essa pandemia pelo coronavírus, com o menor número de casos e mortes”, afirmou Medeiros.

João Pessoa

Testes adquiridos vão ser usados especialmente em profissionais da Saúde da Capital

“O recurso é muito bem-vindo”, é assim que, de prontidão, o secretário de Saúde de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, comenta sobre os recursos liberados pela Justiça Federal. O auxiliar do prefeito Luciano Cartaxo (PV) adiantou que as cifras serão usadas para compra de kits de testes rápidos para detectar o novo coronavírus, com uma diferença: vão ser usados apenas nos profissionais da saúde da Capital.

“Realizaremos a aquisição de kits de testes rápidos para o covid-19, apenas para os profissionais de saúde que estejam trabalhando diretamente com o manejo de pacientes suspeitos do novo coronavírus. Esse recurso não dá para comprar muitos testes rápidos, e ele também tem o limite de utilização do ponto de vista técnico. Nesse sentido vamos fazer isso para aumentar a segurança do profissional de saúde na nossa cidade”, afirmou Fulgêncio, ao Paraíba Já.

O secretário destacou a iniciativa do Ministério Público Federal da Paraíba e aos magistrados da Justiça Federal por deferirem o pedido que libera os recursos.

“Hoje precisamos muito mais de respiradores, EPIs e insumos, do que propriamente de dinheiro. A epidemia revela que o dinheiro tem seus limites. Hoje no mercado está faltando muito insumo, EPI e respirador. Mas os R$ 250 mil são muito bem-vindos, gostaria de agradecer ao MPF e a inteligência do juiz que não deferiu o pedido da cidade de Cabedelo”, disse Fulgêncio.

Hospital Universitário Lauro Wanderley

Hospital Universitário de João Pessoa foi beneficiado com R$ 50 mil

O HULW também vai seguir a linha da PMJP e vai comprar testes rápidos para identificação de vírus em pacientes. De acordo com Ângelo Melo, gerente de ensino e pesquisa da unidade hospitalar federal, o intuito também é diagnosticar o máximo de pacientes, para liberar leitos, caso necessário.

“Esse recurso é bem-vindo, porque é importante para o hospital. Com esse recurso devemos comprar testes rápidos, testes sorológicos para identificar também outras situações que não seja o coronavírus. Para que possamos fazer o diagnóstico diferencial, para tirar o máximo de pessoas de dentro do hospital”, afirmou Melo, ao Paraíba Já.