O governador Ricardo Coutinho (PSB) utilizou as redes sociais, neste sábado (5), para lamentar o falecimento pifeira Zabé da Loca. A artista morreu nesta manhã deste sábado (5), aos 93 anos, na Comunidade Santa Catarina, na zona rural de Monteiro, no Cariri paraibano.
“A arte popular e a resistência nordestina perderam, hoje, no Cariri, Zabé da Loca. Vá em paz”, postou Ricardo em sua conta pessoal no Twitter.
De acordo com o G1, Zabé morreu em casa de morte natural. Nos últimos anos, a artista lutava contra a doença de alzheimer.
O corpo da pifeira será velado no Memorial Zabé da Loca, no Sítio Tungão, Fazenda Santa Catarina, a partir das 13h. Haverá velório também no domingo (6) no Centro Cultural de Monteiro, às 7h. O sepultamento será às 10h, no cemitério municipal de Monteiro.
Isabel Marques da Silva, a Zabé da Loca, ficou bastante conhecida por morar durante 25 anos dentro de uma pequena gruta (loca), na Comunicade Santa Catarina, na zona rural de Monteiro. Inclusive, o apelido surgiu por esse motivo.
E foi por esse motivo que ela teve que deixar a gruta e ir morar na casa de uma das filhas. Em 2003, aos 79 anos, gravou o seu primeiro CD, Canto do Semi-Árido, com composições próprias e versões de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Saiba mais sobre Zabé da Loca
Nascida em Buíque, Pernambuco, ainda adolescente Zabé foi para o município de Monteiro, no Cariri da Paraíba, e depois de mais de duas décadas morando na gruta ganhou uma casa em um assentamento do do Incra no processo de reforma agrária.
Além do pífano, a vida passada na antiga loca define a figura de Zabé. O apelido acabou por virar seu nome artístico. Ela ainda morava na gruta quando foi descoberta, aos 79 anos, pelo pessoal do projeto Dom Helder Câmara, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Saída da loca, Zabé foi ganhando reconhecimento. Aos 85 anos, recebeu o prêmio Revelação da Música Popular Brasileira em 2009. Ela colecionou diplomas importantes e muitas viagens de trabalho.