RC e mais dois governadores se reúnem com Dilma para cobrar soluções para seca

O governador Ricardo Coutinho (PSB), além dos governadores de Pernambuco e Rio Grande do Norte, Paulo Câmara (PSB) e Ezequiel Ferreira (PMDB), respectivamente, estarão reunidos com a presidente Dilma Rousseff (PT), nesta quinta-feira (19), a partir das 15h, para discutir a crise hídrica do Nordeste.

Para Ricardo Coutinho, é preciso que a presidente dê respostas a todos os problemas que a região sofre com a estiagem, algo que ela já tem conhecimento.

“A gente tá fazendo o que pode com os recursos do Estado. Eu quero mais do que solidariedade da União. Eu quero da União recursos, para que a gente possa diminuir esse sofrimento. Essa reunião foi pedida há dois meses com a presidenta, por mim e Paulo Câmara, e ela ficou de nos chamar junto aos representantes dos quatro Estados do Nordeste mais atingidos pela seca: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, mas ainda está a se confirmar para quarta-feira e a presidenta deve vir com respostas a isso. Ela não precisa mais ouvir, ela já ouviu tudo, ela tem que dar respostas”, afirma.

De acordo com o representante do Estado, algumas soluções para a seca e reivindicações estão sendo levadas a presidente, como forma de auxiliar o andamento das obras. “O primeiro apelo é que a obra hídrica não pode parar, tem que ter recurso. Segundo, nós precisamos da agenda emergencial, da adutora de engate rápido, da comida para o rebanho, do aumento do número de carros pipa e do aumento do número de perfuração de poços. Terceiro, os Estados tem que ter o direito de contrair empréstimos se a situação deles for boa, do ponto de vista de espaço fiscal, a nossa é. Eu não acho que o ministro da Fazenda possa ser o dono da condição de determinar isso. Eu votei na presidenta, não votei no ministro”, relembra.

A aceleração das obras da transposição do Rio São Francisco, de acordo com o governador, trará benefícios e está entre as pautas a serem discutidas com a presidenta Dilma. “Se a obra atrasar três meses, nós teremos seríssimos problemas lá em Boqueirão, em Campina. Então se anteciparmos três meses, teremos a capacidade de tranquilizar a população, porque tem muita gente espalhando o medo. Ninguém sabe, por exemplo, que o Governo do Estado está fazendo uma obra para ter mais água, num valor de 7 milhões, com recursos nossos. Só tem duas saídas: ou chove ou a transposição. Eu quero que tenha as duas saídas”, esclarece o governador.