RC diz que STF precisa salvar o Judiciário e processar ‘Orcrim’ que manipulou Justiça

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) se manifestou em seu perfil pessoal no Twitter, na noite deste domingo (9), sobre o vazamento de conversas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa Lava Jato, dentre eles, Deltan Dallagnol.

“O STF precisa agir para salvar o Sistema Judiciário. Afastar das suas funções e processar quem formou uma Orcrim para manipular a Justiça, quebrar a economia do País, prender o melhor presidente da nossa história sem provas e eleger um perigoso despreparado para governar o Brasil”, afirmou Ricardo.

O paraibano, que também é presidente da Fundação João Mangabeira, pontuou que o país vive em um estado que “negligencia os direitos fundamentais” e que “coloca em risco o Estado de Direito”.

“É preciso recuperar a sobriedade na Justiça e punir, após a devida investigação, os que atentaram contra a Justiça, usando-a para outros fins”, concluiu.

The Intercept Brasil

Um extenso lote de arquivos secretos revela que os procuradores da Lava Jato, que passaram anos insistindo que são apolíticos, tramaram para impedir que o Partido dos Trabalhadores, o PT, ganhasse a eleição presidencial de 2018, bloqueando ou enfraquecendo uma entrevista pré-eleitoral com Lula com o objetivo explícito de afetar o resultado da eleição.

Os arquivos, a que o Intercept teve acesso com exclusividade, contêm, entre outras coisas, mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram. Neles, os procuradores da força-tarefa em Curitiba, liderados por Deltan Dallagnol, discutiram formas de inviabilizar uma entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo,autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski porque, em suas palavras, ela “pode eleger o Haddad” ou permitir a “volta do PT” ao poder.

Os procuradores, que por anos garantiram não ter motivações políticas ou partidárias, manifestaram repetidamente nos chats a preocupação de que a entrevista, a ser realizada a menos de duas semanas do primeiro turno das eleições, ajudaria o candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad. Por isso, articularam estratégias para derrubar a decisão judicial de 28 de setembro de 2018, que a liberou – ou, caso ela fosse realizada, para garantir que fosse estruturada de forma a reduzir seu impacto político e, assim, os benefícios eleitorais ao candidato do PT.