O governador Ricardo Coutinho (PSB), durante entrevista a uma TV fechada em João Pessoa, discutiu sobre a segurança em João Pessoa e na Paraíba. Ele afirmou que o atual prefeito da Capital, Luciano Cartaxo (PSD), criou a Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania para empregar aliados.
Ricardo Coutinho explicou os avanços que foram obtidos nos últimos anos na Paraíba e mudanças que ocorreram em João Pessoa após sua gestão e lembrou das dificuldades enfrentadas na área da segurança.
“A Paraíba pela primeira passou a ter uma política pública de segurança. Antes, nunca teve política de segurança, não tinha dados, nem estatísticas, nada. No ano de 2005, em João Pessoa, tivemos um aumento de 17% no número de homicídios, imagine se em algum momento no meu governo aumentasse 17%. Nós diminuímos quatro anos seguidos”, justificou.
O governador criticou a atual gestão por não cuidar da iluminação pública na Capital, o que resulta no aumento de assaltos e demais crimes.
“Muita coisa depende dos municípios. Por exemplo, quem é responsável pela péssima iluminação em João Pessoa? A prefeitura. Vá nos bairros populares que eu enquanto prefeito, enchemos de praça para a população e para a juventude ter o que fazer, cultura, capoeira. Acabaram com tudo, os espaços viraram espaço de ocupação das gangues”, explicou.
Ricardo lamentou a falta de responsabilidade com a juventude e a incapacidade da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania de João Pessoa, que tem Geraldo Amorim como titular da pasta.
“Eu na prefeitura o que a gente fazia… vamos levar cultura, vamos levar música nossa, teatro para florescer esperança, essas coisas são fundamentais. Você olha para João Pessoa e tem lá ‘Secretaria de Segurança’. Com todo respeito, vale de quê? Nunca funcionou. Não tem nem capacidade pra isso, é a verdade. Você tem uma sobrecarga, porque o Estado tem que fazer muita coisa além da própria política de segurança”, provocou.
O governador finalizou o assunto admitindo os avanços na qualificação da segurança em questões de armamento e que é necessário a implantação de uma política de segurança, mas contratar 19 mil policiais vai além da responsabilidade fiscal. Combater as drogas, mas não aos usuários, utilizando como ferramenta o tratamento dos usuários.
“É importante ter uma política de combate as drogas, não ao usuário, mas de combate as drogas. O usuário precisa da possibilidade de desintoxicação, se não tiver isso, você vai reprimir e as pessoas por dependência física e psíquica, elas vão ficar ali dentro. A solução não é simplesmente só policiais. As polícias da Paraíba estão de parabéns, elas têm avançados e têm produzidos resultado”, afirmou.