Você viu? RC diz que Cássio é “moralista”, mas não aguenta “3 minutos” do passado

O Brasil conhece. Esse é o comentário do governador Ricardo Coutinho (PSB), em relação à posição adotada pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) em apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em entrevista ao Paraíba Já.

Questionado sobre as posturas do senador Cássio Cunha Lima quanto ao pedido de impeachment da presidente Dilma, Ricardo foi taxativo.

Acho que o Brasil tá vendo, o Brasil sabe a história de muitas dessas personalidades que estão bradando moralidade. Não serei eu, na conquista de trazer pra cá a conquista das olimpíadas escolares, que vou entrar numa discussão boba dessas. A Paraíba sabe, o Brasil sabe e a história tá registrando toda uma manipulação que está havendo, e todo um grupo de pessoas que efetivamente não aprenderam que eleições se ganham nas urnas”, revelou.

Ricardo ressalta, no entanto, a importância de se manifestar contra a corrupção. “Agora, acho extremamente importante a indignação popular. Isso é importante porque as pessoas não podem coadunar com corrupção, mas é preciso que cada um de nós compreenda que as pessoas só são culpadas quando julgadas, e para serem culpadas tem que ter provas. A justiça tem que ser para todos, e não para alguém especificamente, porque eu vejo muita gente nas tribunas da vida, fazendo discursos moralistas, mas que não aguentariam três minutos de olhar um pouco o passado”, disse.

E apontou como a crise prejudica a governabilidade. “O que me interessa é responsabilidade com o Brasil. Tô vendo aqui milhares de pais de família desempregados, vendo empresas fechando. Tudo em função de uma guerra onde se quer de todo jeito, sem ter uma acusação contra quem governa, se tem, vamos lá, nós seremos o primeiro. Se não tem, vamos ter o respeito às regras do jogo democrático, democracia não é bom quando serve só pra gente, tem que servir pra todo mundo, seja para nossos interesses ou não. E quando chegar a eleição, governo que é bom se reelege, governo que não é bom não se reelege, é assim o jogo. O país precisa acordar pra isso, porque senão, vamos ficar com manifestação de um lado, manifestação de outro, e não pode ser dessa forma”, comentou.