Caso Ferreira Costa: RC diz que Cartaxo espera para resolver visando amenizar “carão público”

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), durante entrevista à TV Master na noite dessa segunda-feira (18), disse que o imbróglio envolvendo a construção do Home Center Ferreira Costa no Bessa deve ser resolvido nos próximos dias. Para o gestor, a demora existe apenas porque o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), estaria esperando para amenizar o “carão público”.

“Está esperando alguns dias para não ficar feio que levou um carão público”, disse.

Em sua fala sobre o tema, Ricardo rechaçou as declarações de seus adversários políticos, que alegaram a existência de um “circo” no caso Ferreira Costa. O gestor afirmou que agiu como sempre, citou exemplos de outros empreendimentos e disse que pegaria mal para a imagem da Paraíba, recém premiada nacionalmente em competitividade, o abandono de um grupo empresarial por conta de burocracias.

“Quem tentou inexplicavelmente expulsar um empreendimento daqui da Paraíba foi a Prefeitura Municipal de João Pessoa e a prova está aqui [ler parágrafo abaixo]. Eu agi como ajo em todas as vezes que por ventura seja necessário. Eu me envolvi com aquele shopping que o grupo Marquise queria fazer, todo mundo lembra. Que o srº [Fernando] Catão deu uma liminar sobre o meio ambiente. Eu nunca ouvi falar do Tribunal de Contas do Estado dar liminar sobre meio ambiente e paralisou a obra, foi aquela luta e shopping não se instalou. Eu me envolvi com o Carajás. Liguei para o prefeito de Cabedelo e disse a ele que ficaria muito ruim para mim e para todo mundo aquele empreendimento não se instalar e não havia razão para aquilo”, observou.

A prova citada por Ricardo, no caso, é o parecer da procuradoria da Secretaria de Planejamento da própria Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), recomendando a anulação do embargo da obra da empresa e da multa imposta, e o fato de que, segundo ele, as intervenções que estavam sendo feitas pelos empresários no terreno não envolviam, ainda, construções verticais para que pudesse ser utilizado o argumento da falta de licença da Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias) – a obra estava sendo instalada ao lado do Aeroclube da Paraíba.

O governador disse, ainda, que a empresa iria se instalar no Rio Grande do Norte após o embargo e, para não perder o investimento no Estado, resolveu intervir.

“Eu liguei para o senhor Guilherme Ferreira da Costa e disse a ele que da mesma forma que ele me procurou eu o estava procurando e que eu estava indignado com este tipo de procedimento. Porque nem ele sabia, ninguém explicava na Prefeitura. Era aquela história: se colar, colou”, finalizou.