Ranking de Competividade: Paraíba e SP lideram lista nacional em infraestrutura

O Ranking de Competividade dos Estados 2016 analisou 65 indicadores do País, entre eles 10 agrupados no pilar infraestrutura. O estudo é realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Consultoria Tendências e a Economist Intelligence Group. Os dados mostram que São Paulo é o estado mais bem avaliado em infraestrutura, seguido pela Paraíba e pelo Rio Grande do Norte.

O pilar foi identificado pelo Ranking como o segundo maior gargalo da País, atrás apenas de segurança pública. São Paulo ganhou destaque pela qualidade das rodovias, embora bem posicionado em outros indicadores, como custo de combustíveis, disponibilidade de voos diretos e acesso ao serviço de telecomunicação.

Mato Grosso foi o estado que mais evoluiu em comparação ao ano anterior, subindo 10 posições, com melhoras relativas no custo de combustíveis, custo de energia elétrica, mobilidade urbana e qualidade das rodovias. Em seguida, Alagoas e Mato Grosso do Sul apresentaram os maiores crescimentos, ambos subiram nove posições. Roraima foi o estado que teve a maior queda em infraestrutura, passando de 7º em 2015 para 19º lugar em 2016.

De acordo com a edição 2015-2016 do Global Competitiveness Report, publicação do Fórum Econômico Mundial, o Brasil está em 74ª colocação entre os 140 países avaliados no quesito infraestrutura. Quando comparado a países da OCDE, em situação similar de desenvolvimento, o País é o último colocado em termos de penetração de banda larga e qualidade da rede de rodovias. Enquanto o Brasil investia mais de 5% do PIB em infraestrutura na década de 1970, nos últimos anos essa taxa recuou para menos de 2,5% do PIB.

O Ranking mostrou que uma área de destaque é a penetração de telefones móveis no país. O Brasil tem ultrapassado o Chile, a maioria dos mercados do Leste Europeu, a Turquia e o México. Por outro lado, falta investimento na parte de acesso à banda larga. Já a cobertura de conexão 4G no Brasil é em média pouco mais de 50%, abaixo de um país como o México (61%) e bastante inferior a países como o Japão (90%) e a Coreia do Sul (97%).

Em relação à gasolina, o Brasil tem seus preços em média mais baixos que os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Porém, quando comparado aos outros países membros, que também tem alto fluxo de produção, tem preços inferiores.

No pilar infraestrutura, o Ranking levou em conta indicadores como acessibilidade de serviços de telecomunicações; custo de combustíveis; custo de saneamento básico; disponibilidade de voos diretos; acesso à energia elétrica; mobilidade urbana e qualidade das rodovias.

Ranking de Competitividade dos Estados

Uma realização do CLP, em parceria com a Consultoria Tendências e a Economist Intelligence Group, o Ranking constitui uma importante ferramenta para avaliação da administração pública. Também reconhece as melhores práticas visando o desenvolvimento econômico e social do País. O  resultado permite ao gestor público avaliar as necessidades e prioridades do seu estado. Ao setor privado, permite um estudo de possibilidade para investimento.

O Ranking, que está em sua quinta edição, analisa a capacidade competitiva de todos os estados brasileiros e o Distrito Federal em 65 indicadores, agrupados em 10 pilares. Entre os indicadores, 36 são comparados com dados internacionais de 34 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Itens como infraestrutura, educação, inovação, potencial de mercado, segurança pública, solidez fiscal, sustentabilidade social, sustentabilidade ambiental compõem o quadro.

Confira o Ranking completo no link: rankingdecompetitividade.org.br

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