Quatro seringas com sangue foram apreendidas pela Polícia Civil em uma rua paralela ao Parque do Povo, na madrugada do domingo (17), durante o São João 2018 de Campina Grande. De acordo com o delegado Henry Fábio, que está dando andamento às investigações do ‘caso das agulhas’, informou que um homem foi detido próximo ao local onde acontece o Maior São João do Mundo, mas liberado em seguida.

Até as 7h desta segunda-feira (18), 38 pessoas foram atendidas no Hospital de Trauma de Campina Grande após relatarem ter sido vítimas de ferimentos por objetos semelhantes a agulha, sendo 33 no Parque do Povo e cinco em um bloco junino que aconteceu no dia 2 de junho. São 24 homens e 14 mulheres. Desde o dia 11 de junho o hospital recebe pessoas que apresentam os mesmos relatos de ferimentos por agulhas.

O delegado ainda informou que dentro das seringas havia um líquido avermelhado. O material foi submetido a exames e foi constadado que se tratava de sangue, mas numa proporção pequena e diluída em soro fisiológico. Ainda conforme informações do delegado, ainda não há como determinar se o sangue no interior das seringas é humano. No entanto, foi constatado que não havia nenhuma doença sangue examinado.

A pessoa que foi detida e conduzida à Central de Polícia Civil de Campina Grande foi ouvida pelo delegado e liberada em seguida. Segundo Henry Fábio, o homem explicou que estava indo para o Parque do Povo e não tinha nenhuma ligação com as seringas encontradas.

‘Agulhadas’ no São João 2018 de Campina Grande

Até esta segunda-feira, 38 pessoas feridas por agulhas no São João de Campina Grande deram entrada ao Hospital de Trauma de Campina Grande, desde o dia 11 de junho. As vítimas afirmaram que foram furadas durante os shows no Parque do Povo e em um bloco junino no dia 2 de junho. A Polícia Civil abriu investigação sobre o caso e ouviu pelo menos 16 vítimas até a sexta-feira (15).

De acordo com a infectologista Priscila de Sá, os pacientes contaram que sentiram as furadas foram ao hospital em busca de ajuda. Segundo o Trauma, o número aumentou devido à repercussão dos primeiros casos divulgados.

Priscila de Sá, médica do Hospital de Trauma, informou que, após o atendimento, a equipe de saúde confirmou que havia marcas de agulhadas no corpo das vítimas, mas que ainda não há como saber se o instrumento utilizado estava com alguma contaminação ou não. Com informações do G1 Paraíba