Nada de harmonia entre as ‘famílias’: Cunha Lima cobra investigações das denúncias contra os Vital

Se há uma coisa que os Cunha Lima não demonstram ter é memória. Diante das denúncias de fraude para formação de caixa dois, que beneficiaria a campanha ao Senado do agora ministro Vital do Rêgo Filho (PMDB), feitas pelo ex-tesoureiro da Prefeitura de Campina Grande, Renan Trajano, na gestão de Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), os deputados estaduais Bruno Cunha Lima e Tovar Correia Lima, ambos do PSDB, ocuparam a tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta quarta-feira (29), para cobrar maior eficácia nas investigações deste caso.

“Há cada vez mais a malversação da coisa pública. Segundo o delator deste caso, esse desvio de R$ 4 mi seria apenas um pingo d’água num mar de desordem, de calamidade à sociedade paraibana, sobretudo campinense, à probidade”, ressaltou Bruno

Bruno, que é sobrinho de Cássio Cunha Lima (PSDB), ainda aponta que “um hoje é deputado federal (Veneziano), o outro é ministro da república (Vital)” e que mais do que nunca “é necessário intensificar as investigações que se pesa sobre eles”, em respeito a probidade administrativa. Seu tio, que hoje é senador e principal porta-voz do ninho tucano no Senado, foi cassado por improbidade administrativa em todas as instâncias da Justiça Eleitoral, perdendo seu mandato em 2009.

Já o outro parente de Cássio, Tovar Correia Lima, ainda tentou ironizar o acontecimento e ainda pede para que a ALPB também acompanhe o caso. “Agora virou moda ser delator. A Assembleia não pode ficar inerte diante desas denúncias. Nós somos de uma geração que precisa dar uma resposta ao Brasil. O país sofre uma crise ética, moral, política, financeira, e nós temos um papel muito importante ao estar aqui (ALPB). Precisa-se fazer uma auditoria naquele município. É lógico que nenhum município, nem mesmo Campina Grande, aguentaria tantas falcatruas, tanta gente tirando dinheiro, pelo menos é o que foi dito pelo delator. O Ministério Público já está de posse das informações e nós devemos cobrar”, disse.