João Pessoa completa 438 anos de fundação neste sábado (5). Terceira cidade mais antiga do Brasil, a capital paraibana tem uma rica história e é abundante em belezas naturais. Dentre as curiosidades que circundam a Cidade mais oriental das Américas, uma vem tomando conta das redes sociais: você sabe cantar o hino de João Pessoa?
Exaltando as belezas naturais, glórias e pertencimento o hino tem uma história peculiar: surgiu através de um concurso popular.
História do Hino de João Pessoa
O hino de João Pessoa foi instituído pela Câmara Municipal em setembro de 1968, após um concurso, lançado em 1967. Portanto, tem apenas 55 anos de oficializado.
A propositura foi do vereador Cícero Leite, que estabeleceu um prêmio de NCR$ 150,00 (cento e cinquenta cruzeiros novos) para o autor da letra, além do mesmo valor para o compositor da melodia. O hino da capital custou NCR$ 300,00 aos cofres públicos municipais.

A vencedora do concurso popular foi Eunice de Souza Setti Costa, que compôs o hino completo. Numa mistura de simbolismos como ode à cidade de João Pessoa, a canção de Eunice ganhou a alcunha de hino oficial da cidade.
“No passado, outros nomes recebeste. Consagramos o teu solo, sempre a exaltar. A bravura e a nobreza não perdeste. João pessoa, tu és hoje, a vibrar”, versa um trecho do hino.
Também contém referências às belas paisagens da capital: “Tambaú trazendo a brisa mansamente. Num afago que nos prende sob o céu anil. E o soberbo cabo branco evidente. Na paisagem litorânea do Brasil”.
Conheça o Hino de João Pessoa
No nordeste do Brasil te encontramos
Onde vemos o encanto de um verde mar
És a terra gloriosa que amamos
E o teu nome exaltamos a cantar
De um grande presidente de estado
Tu ressurgiste, ó, cidade vitoriosa!
Se tens o nome pelas ondas do passado
Não deixarás de ser sempre valorosa
Tua bandeira simboliza o heroísmo
De um exemplo imortal
Que em teu nome ficou
E no grito do nego
Defendeu o teu povo rebelde
E te glorificou
No passado, outros nomes recebeste
Consagramos o teu solo, sempre a exaltar
A bravura e a nobreza não perdeste
João pessoa, tu és hoje, a vibrar
Teus combates sempre foram triunfantes
E o heroísmo a história nos declara
E evocando teus primeiros habitantes
Tu serás sempre a cidade tabajara
Tens palmeiras no teu parque mais formoso
A lagoa circulando sempre a inspirar
O poeta decantando orgulhoso
Vem fazer tua beleza proclamar
Tão formosas as acácias que se espargem
Em ornamento pelas tuas avenidas
São tantas flores escondendo a folhagem
Deixando enfim, tuas árvores floridas
Tambaú trazendo a brisa mansamente
Num afago que nos prende sob o céu anil
E o soberbo cabo branco evidente
Na paisagem litorânea do Brasil
Nos teus mares as jangadas velejando
No horizonte vem o sol resplandecente
Quanta grandeza que encerras inspirando
No teu valor consagrado eternamente!