PT, PCdoB e PV aprovam federação partidária entre as siglas

Nesse arranjo, os partidos selam uma união por pelo menos quatro anos, e passam a funcionar como uma única legenda no Congresso

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Foto: Ilustração

Os diretórios nacionais do PT, do PCdoB e do PV confirmaram, em reuniões separadas nesta quarta-feira (13), a aprovação de uma federação entre as três legendas.

O processo ainda terá de ser validado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – as siglas querem protocolar o pedido no início de maio.

As federações são uma novidade nas eleições deste ano. Nesse arranjo, os partidos selam uma união por pelo menos quatro anos, e passam a funcionar como uma única legenda no Congresso – dividindo fundo partidário, tempo de televisão e unificando o conteúdo programático.

Nesta quarta, PT e PCdoB também aprovaram o estatuto da federação – o PV pretende fazer essa votação até o mês que vem. O documento define as diretrizes, deveres e direitos da união entre os partidos e também o espaço interno de cada legenda.

O estatuto determina que a ação conjunta deve “combater, prevenir e reprimir todo tipo de violência política, especialmente a violência política contra a mulher, pessoas negras, indígenas e outros grupos discriminados ou marginalizados”.

As negociações em torno da união entre o PT, PCdoB e o PV acontecem desde o ano passado.

Em março, o diretório petista já havia avalizado a aliança, mas membros de correntes contrárias à inclusão do PV apresentaram recurso à decisão. Em minoria, o grupo foi vencido mais uma vez durante o encontro desta quarta.

A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, anunciou o resultado em uma rede social. “Um fato pelo qual temos lutado há mais de duas décadas e que irá contribuir com a democracia e a unidade programática do sistema partidário no Brasil”, escreveu.

“Sabemos a importância desta federação para a principal luta que temos pela frente. A eleição de 2022 é a mais importante batalha eleitoral dos últimos 30 anos, e a consolidação desta frente popular nos abre perspectivas de virada política e de retomada do desenvolvimento nacional”, declarou.

Do g1