Charliton diz que PMJP precisa assumir o protagonismo da política de saneamento

Apesar de estar se aproximando da marca de 1 milhão de habitantes, João Pessoa ainda sofre de problemas primários que impedem o desenvolvimento da cidade. Quando o assunto é saneamento básico, de acordo com dados do Instituto Trata Brasil divulgado em 2016, apenas 66% do esgoto é tratado em João Pessoa. O Professor Charliton, candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores, ressaltou que esse problema é reflexo da inoperância dos prefeitos diante da Cagepa.

“Alguma pessoas não sabem, mas a Cagepa é concessionária do saneamento de João Pessoa, e com isso a Prefeitura pode dizer quais ações deve ser feitas na cidade. Acontece que os últimos gestores municipais deixaram a Cagepa e o Governo do Estado decidirem o que querem fazer, sem colocar as reais necessidades da cidade. A Prefeitura precisa assumir o protagonismo da política de saneamento básico da Capital paraibana”, disse.

Ainda de acordo com o Professor Charliton, João Pessoa precisa ter uma política voltada para o saneamento básico: “Cada R$ 1 investido em saneamento significa uma economia de R$ 2 em gastos com a saúde pública. Temos conhecimento que a Prefeitura tinha uma Carta de Crédito no valor de R$ 1 bilhão para a realização de grandes projetos, e o que constava no Programa de Governo de 2012 era que o saneamento seria uma das prioridades. O prefeito priorizou outras ações, e algo fundamental para a melhoria da condição de vida das pessoas foi deixado para trás. Saneamento básico é o mínimo que um governo pode oferecer para que as pessoas vivam com um pouco mais de dignidade”.

Além dos problemas na saúde da população, a falta de saneamento básico também interfere diretamente no desenvolvimento econômico da cidade. “Como podemos pensar o turismo, o crescimento tecnológico e a saúde sem saneamento? A falta de visão dessa, e de outras gestões, não apenas interferiu na vida da população de João Pessoa, mas, prejudicou a expansão econômica da cidade”.

“Nossa meta é universalizar o acesso ao saneamento na cidade, e para isso vamos trabalhar de duas formas: buscando investimentos junto ao Governo Estadual e Federal, e negociar com a Cagepa as metas que precisam ser atingidas. Mais uma vez é preciso registrar que o maior erro dos prefeitos que administraram a nossa Capital foi deixar a Cagepa, uma concessionária, atuar sozinha no saneamento. Quem precisa definir os objetivos e cobrar os investimento da empresa é a Prefeitura, que nesse caso precisa ser proativa e assumir as suas responsabilidades”, finalizou.