PSOL paraibano questiona celeridade do Judiciário nos casos de Eduardo Cunha

O ex-presidente estadual do PSOL, Fabiano Galdino, se mostrou preocupado com a condução do processo de impeachment sob o comando de um deputado que está sendo investigado por condutas ilícitas e tem feito diversas manobras para inviabilizar o funcionamento da Comissão de Ética instalada contra ele. Para o dirigente do PSOL, o deputado federal e Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, desafia o bom senso e representa uma ameaça à legitimidade das decisões que forem tomadas na questão do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Ao usar seu perfil no twitter, o secretário-geral do PSOL de João Pessoa, Fabiano Galdino, questionou: “Que situação é essa que um presidente de uma Casa Legislativa comanda um processo de impeachment mesmo estando respondendo a fortes acusações de condutas ilícitas? Será que não existiria nenhuma condição de afastamento temporário ao menos de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara enquanto se desenvolve os procedimentos do impeachment?”

Fabiano Galdino também se mostrou preocupado com a falta de celeridade do STF diante das denúncias feitas contra Educado Cunha e diante do pedido de afastamento dele da presidência da Câmara. “Por que o Judiciário não responde as ações contra Eduardo Cunha com mais celeridade?”, se perguntou, com ar de indignação.

Mesmo seguindo a orientação de seu partido que não apoia o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o dirigente do PSOL reconheceu que existe uma lei que disciplina o processo de impeachment e acredita que o resultado das decisões no Congresso Nacional com relação ao impeachment vai se fundamentar em posições políticas, marcadas pelas forças de oposição e situação.

“Evidente que a lei do impeachment permite o que estamos assistindo naquela Casa Legislativa. A decisão que for tomada em relação à presidente Dilma Rousseff será eminentemente política. Para o bem ou para o mal”, postou.