Em um racha interno, o PSL trocará todos os deputados federais que integram da CPMI das Fake News até o fim do ano. Serão substituídos os titulares Filipe Barros e Caroline de Toni, e os suplentes Eduardo Bolsonaro e Carlos Jordy. Todos pertencem à ala bolsonarista do partido. A informação é da coluna de Guilherme Amado. A medida deve mudar a correlação de forças da CPMI e, por consequência, abrir caminho para a convocação de Carlos Bolsonaro e de assessores de Jair Bolsonaro.
As fake news voltaram a ter mais repercussão junto ao noticiário nacional durante a eleição presidencial do ano passado, quando houve uma campanha ilegal contra o então presidenciável Fernando Haddad (PT) financiada por empresas e que teve como base a divulgação de fake-news (notícias falsas) no WhatsApp para prejudicá-lo. Conforme denunciou uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo, cada contrato chegava a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, estava a Havan.
Com a provável troca de parlamentares do PSL na CPMI, o Delegado Waldir, ex-líder do partido na Câmara, deve ficar com uma das vagas. Inclusive uma ala pró-Luciano Bivar (PE), que preside o PSL em nível nacional, havia formalizado no mês passado um documento na Secretaria-Geral da Mesa da Casa, para manter o parlamentar na liderança da legenda.
A relação entre o grupo de Bivar e o de Bolsonaro não é das melhores. Isso porque, na saída do Palácio da Alvadora, no começo de outubro, Bolsonaro disse a um apoiador para ‘esquecer’ o PSL e argumentou que Bivar está “queimado pra caramba”.
O presidente nacional do PSL teria apoiado o repasse de R$ 400 mil em verbas do fundo partidário para uma candidata “laranja” em Pernambuco.