PSD e PSDB devem ter candidaturas próprias em CG; entenda

Na mesma semana que Manoel Ludgério (PSD) decidiu “caminhar por contas próprias” na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), resolveu se filiar ao PSD para presidir a legenda no Estado.

Coincidências? Ao que tudo indica, não. A saída de Romero Rodrigues do PSDB e as movimentações de Ludgério provavelmente fazem parte de um planejamento visando as eleições de 2022.

Desde o ano passado Ludgério já deixou claro que é sua vez de ser candidato a prefeito de Campina Grande e cobrou gestos do seu grupo, que na época incluía, além de Romero, os Cunha Lima. Ele chegou a ventilar a hipótese de bater chapa com o próprio ex-senador Cássio.

O problema é que o deputado estadual Tovar Correia Lima e o ex-deputado estadual Bruno Cunha Lima, o primeiro do PSDB e o segundo sem partido, também almejam serem candidatos e eles são muito mais novos que Ludgério na militância em prol deste grupo que, na minha opinião, está prestes a se fragmentar. E, mesmo assim, recebiam mais gestos dos “cacifes” do que o deputado do PSD.

Agora com Romero no PSD, ele ganha um forte aliado para disputar as eleições com chances reais de ganhar. E para Romero, ter uma prefeitura estratégica como a de Campina Grande visando uma disputa em 2022 é vital. Inclusive, a ideia de mandar o seu irmão, o deputado estadual Moacir Rodrigues (PSD) para a Agência Nacional de Águas e emplacar João Almeida na ALPB já é uma movimentação que aumenta o seu capital político em João Pessoa.

Ao que tudo indica: PSDB terá uma candidatura à PMCG e o PSD terá outra.