PRTB pede ao TRE investigação criminal contra o IPESPE por fraudes em pesquisas na PB

O Partido Republicano Trabalhista Brasileiro (PRTB) protocolou nesta quinta-feira (16), no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, pedido de investigação criminal para apurar possíveis fraudes nas pesquisas realizadas pelo Instituto IPESPE no Estado. Assinada pelo advogado Francisco Ferreira, a ação foi proposta após a divulgação pelo Jornal da Paraíba do resultado da primeira consulta referente ao segundo turno das eleições.

Autor das ações que resultaram na suspensão de nove pesquisas eleitorais só este ano na Paraíba, o advogado Francisco Ferreira lembrou que o Instituto IPESPE já é alvo de investigação em Pernambuco por suspeita de fraudes.

“Diante da vida pregressa do IPESPE, das condenações sofridas com aplicação de multas vultosas, dos descumprimentos de ordens judiciais para a apresentação de dados internos de pesquisas anteriores, da investigação por fraude que se tem notícia no estado de Pernambuco e pelos erros abissais dos números divulgados em pesquisas anteriores, é que nos faz ter em mãos fortes indícios de fraudes e manipulação de pesquisas na Paraíba. Temos em mãos elementos suficientes para a abertura de uma investigação”, disse o jurista, lembrando que a Justiça Eleitoral paraibana já aplicou este ano mais de R$ 300 mil em multas a dois institutos de pesquisa, entre os quais, o IPESPE.

“Estamos vivendo o mais perigoso momento da política paraibana desde a redemocratização do País. O que vimos nesse micro processo eleitoral de 2014 na Paraíba foi uma das maiores inversões de valores já vistas em uma ordem social democrática e republicana. Institutos de pesquisa claramente informando dados que, ao longe, passam da realidade e que perigosamente podem induzir o eleitor a erro, tendo em vista que as pesquisas eleitorais funcionam como verdadeiros termômetros em campanhas políticas”, acrescentou o advogado.

Francisco Pereira disse ter fortes indícios que as pesquisas eleitorais na Paraíba podem estar sendo manipuladas para atender a interesses de grupos políticos. “Podemos estar diante de um verdadeiro esquema criminoso de manipulação de dados em pesquisas eleitorais para beneficiar determinado grupo político, prejudicando o estado de direito com a indução errônea e manipulada da soberania do voto popular”, sentenciou.

Já o presidente do PRTB paraibano, Fábio Carneiro, disse que o resultado da pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Jornal da Paraíba não tem fundamento. “Essa última pesquisa IPESPE é como se fosse a última cartada de um grupo derrotado pelas alianças que se formaram neste segundo turno. É o famoso ‘se colar, colou’. Quem de bom senso acredita que um candidato que não teve uma única adesão no segundo turno e que requenta as velhas notícias do primeiro, estar à frente de um candidato que recebeu mais de 150 adesões de peso?”, questionou o dirigente partidário. “A verdadeira pesquisa vem no dia 26 de outubro, essa ninguém compra, apesar de tentarem”, acrescentou.

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