Os profissionais da Atenção Básica de Saúde de João Pessoa estão cobrando do prefeito Luciano Cartaxo (PV) a gratificação indenizatória por trabalharem na linha de frente no combate à Covid-19.
Neste momento, profissionais estão em frente à Secretaria de Saúde de João Pessoa para tratar sobre o pedido. De acordo com o presidente do Sindicato Municipal dos Agentes de Saúde, Junior Leandro, a classe vem tentando realizar uma reunião com a gestão, mas sem êxito.
“Nós devíamos estar nas comunidades, fazendo o enfretamento, mas estamos nos dirigindo à Secretaria de Saúde mais uma vez”, destacou.
Junior Leandro ainda lembrou que após a mudança na forma do repasse do financiamento do SUS aos municípios, a gestão reuniu os profissionais da atenção básica para garantir o cadastramento dos usuários nas unidades de saúde, evitando a redução das verbas. Mas, em meio à pandemia e atuando na linha de frente, os mesmos profissionais não são recebidos pela secretaria.
Conforme a classe, a atenção básica é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) para o atendimento de pacientes com casos suspeitos da doença.
“O Ministério da Saúde vai mudar a forma de repasse do financiamento do SUS aos municípios. Antes era pela quantidade de população de cada cidade pelo IBGE, agora é pela quantidade de usuários cadastrados. Ou seja, se não estiverem todos os usuários cadastrados, a verba diminui. Então eles precisam dos agentes comunitários de saúde. Fizeram reuniões com todos os profissionais, tapinha nas costas, a coisa mais bonita do mundo, porque precisaram da categoria. Agora quando chega o combate da Covid, que vamos para a linha de frente, eles não recebem a gente. Só quando convêm”, desabafou.
Além disso, como prova do esforço da classe no combate à Covid-19, eles relatam acúmulo de funções para conseguir atender a demanda dos pacientes que se dirigem às unidades do Programa Saúde da Família (PSFs) com sintomas de coronavírus.
Nessa segunda-feira (1º), o prefeito assegurou uma gratificação temporária de emergência em saúde pública de até 53,6% para todos os profissionais da área que atuam nas unidades hospitalares e de pronto-atendimento no combate direto à Covid-19, o que não insere os profissionais da atenção básica.
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De acordo com o anúncio do gestor, a gratificação está sendo disponibilizada a partir do nível de exposição e de especialização no enfrentamento à doença.