O dólar recuava ante o real no início dos negócios desta terça-feira (10) com investidores de olho no cenário político com a proximidade da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado e novamente sem atuação do Banco Central.
Às 9h19, o dólar recuava 0,96%, a R$ 3,4911 na venda, após fechar com alta de 0,63%. Veja a cotação.
Na véspera, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que colocará em votação na quarta-feira o pedido de abertura do processo de impeachment, que poderá culminar no afastamento temporário de Dilma, levando o vice Michel Temer a assumir o posto. Temer já sinalizou que Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados.
Na sessão anterior, o dólar chegou a subir quase 5% na máxima do dia após o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), suspender a votação do processo de impeachment na Casa. A alta perdeu força, no entanto, conforme o processo foi mantido no Senado.
À noite, o próprio deputado revogou sua decisão de anular a sessão de votação que aprovou o impeachment. O BC não anunciou até o momento leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares. Se ficar de fora a novamente, será a quinta sessão seguida.
No exterior, o dólar subia em relação a uma cesta de moedas. A moeda norte-americana teve alta ainda frente ao iene, após o ministro das Finanças do Japão alertar que o país vai intervir no mercado de câmbio se as altas “unilaterais” do iene durarem tempo suficiente que prejudiquem a economia.
As informações são do G1.