Procuradora defende manutenção de prisão domiciliar para Padre Egídio

Parecer foi elaborado em resposta ao pedido do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco)

A procuradora Maria Lurdélia Diniz Albuquerque defendeu a manutenção da prisão domiciliar do Padre Egídio de Carvalho em uma manifestação enviada nesta terça-feira (15) ao gabinete do desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). No documento, a procuradora se posiciona contra o pedido de uma nova prisão preventiva do sacerdote, acusado de envolvimento em desvios no Hospital Padre Zé.

O parecer foi elaborado em resposta ao pedido do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que alega que o sacerdote teria retomado atividades ilícitas, envolvido em um esquema para burlar restrições sobre seus imóveis de luxo, que estão sob investigação.

O Gaeco justificou que a prisão preventiva de Egídio seria necessária para garantir a eficácia das medidas cautelares já impostas e preservar a ordem pública e a aplicação da lei penal. No entanto, a solicitação de nova prisão preventiva havia sido negada em primeira instância, levando o Gaeco a recorrer ao TJPB.

Em seu parecer, a procuradora Lurdélia Diniz reconheceu a gravidade dos crimes apontados, mas ressaltou o estado de saúde debilitado do Padre Egídio, que está prestes a ser submetido a uma nova cirurgia, agendada para a próxima segunda-feira (22). Ela defendeu que, por razões humanitárias, a prisão domiciliar deve ser mantida.

“Considerando o estado de saúde debilitado do recorrido, bem como a necessidade de cuidados especiais em função de suas comorbidades e da cirurgia já agendada, a manutenção da prisão domiciliar se justifica por razões humanitárias. A medida não apenas assegura o direito à saúde e à dignidade do indivíduo, mas também evita agravos à sua condição física, garantindo que ele receba o tratamento adequado em um ambiente mais propício à sua recuperação. A proteção da vida e da saúde deve prevalecer, especialmente em situações onde a integridade do cidadão está em risco”, afirmou a procuradora.