Procurador pede ao STF que investigue Cássio por suposta compra de apoio político

O procurador regional eleitoral da Paraíba, Rodolfo Alves Silva, está requerendo ao Supremo Tribunal Federal (PSDB) que abra nova investigação conta o senador Cássio Cunha Lima, candidato do PSDB ao Governo do Estado, que foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico em 2006. Desta vez, o tucano é acusado de comprar o apoio político do prefeito de Caiçara, Cícero Francisco da Silva, do vice-prefeito da cidade e de mais quatro vereadores.

A nova acusação contra Cássio foi protocolada na Polícia Federal da Paraíba pela assessoria jurídica da coligação ‘A Força do Trabalho’, encabeçada pelo governador e candidato à reeleição Ricardo Coutinho (PSB). O esquema de compra de apoio político envolve também o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Ricardo Marcelo (PEN).

De acordo com o advogado Celso Fernandes, a coligação ‘A Força do Trabalho’ teve acesso a uma gravação que revela detalhes do novo crime eleitoral praticado por Cássio. “A gravação é contundente, cita nominalmente as pessoas da coligação adversária e valores de R$ 200 mil e de R$ 600 mil”, afirmou.

Diante das novas denúncias, o procurador Rodolfo Alves Silva está solicitando que o STF investigue o candidato tucano que, por ser senador, possui foro privilegiado. “Como se sabe, os senadores possuem foro privilegiado por prerrogativa de função, de modo que os crimes comuns por eles praticados, dentre eles eleitorais, devem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal”, diz o procurador, acrescentando ainda em seu parecer que também será instaurado no âmbito da Procuradoria um procedimento extrajudicial visando apurar as denúncias contra Cássio por abuso de poder econômico

Outros processos

Atualmente tramita no TSE recurso contra o registro da candidatura de Cássio por inelegibilidade em virtude das condenações por abuso de poder político e econômico na campanha de 2006. O tucano ainda responde no STF o inquérito nº 3393/2012 por crime em licitação pública. O processo está sob a relatoria da ministra Rosa Weber.

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