A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (19), a fase denominada Segundo Turno da “Operação Território Livre” em João Pessoa. A operação visa investigar o aliciamento violento de eleitores e a atuação de uma organização criminosa no bairro São José, na capital paraibana.
Durante a ação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em vários bairros da cidade. As quatro pessoas presas foram encaminhadas para audiência de custódia.
As diligências realizadas hoje são um desdobramento da análise do material recolhido na primeira fase da operação, e têm como objetivo complementar as provas relacionadas à materialidade, autoria e circunstâncias dos crimes investigados.
Vereadora Raíssa Lacerda presa
A vereadora Raíssa Lacerda (PSB), que concorre à reeleição, foi presa pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (19) durante a segunda fase da operação “Território Livre”, que investiga assédio violento a eleitores e envolvimento com organização criminosa no Bairro São José, em João Pessoa.
Além da vereadora, uma assessora dela também foi detida após a realização de buscas em sua residência no bairro Alto do Mateus.
A prisão de Raíssa Lacerda foi decretada com base em conversas encontradas nos celulares apreendidos durante a primeira fase da operação, realizadas há cerca de 10 dias. As evidências sugerem a participação da vereadora em atos de coação e controle de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas com fins eleitorais.
Na primeira fase da operação, a Polícia Federal apreendeu R$ 5 mil em dinheiro, documentos com dados pessoais de pessoas que não residiam no local da busca, contracheques de servidores públicos da Prefeitura Municipal de João Pessoa, além de celulares que agora servem como base para a continuidade das investigações.
Raíssa Lacerda já havia sido alvo dessa primeira fase da operação. Antes de seu mandato na Câmara Municipal de João Pessoa, ela ocupava o cargo de secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania na Prefeitura Municipal. A Polícia Federal ressaltou que as provas coletadas reforçam os indícios da prática de crimes eleitorais, buscando responsabilizar todos os envolvidos.