Preso jovem que ‘deu dicas’ via Whatsapp a suspeito de chacina na Espanha

Foi preso nesta sexta-feira (28) no bairro do Bessa, em João Pessoa o estudante Marvin Henriques Correia, de 18 anos, acusado de ‘dar dicas’, via Whatsapp, ao suspeito de matar e esquartejar uma família paraibana na Espanha.

Segundo investigações da polícia, Marvin chegou a receber fotos e dialogar em tempo real com o suspeito Patrick Gouveia, que confessou para a polícia espanhola que cometeu o crime na cidade de Pioz.

“Durante a execução do crime, Patrick conversava pelo Whatsapp em tempo real com o suspeito preso na Paraíba. Patrick perguntava como agir, como ele podia ocultar os corpos, o que fazer”, afirma o delegado.

O suspeito confesso de matar, na Espanha, o casal de paraibanos Marcos Nogueira e Janaína Américo e os dois filhos deles, de 1 e 4 anos, François Patrick Gouveia, participou da reconstituição do crime na quarta-feira (26) e não demonstrou nenhum arrependimento de ter cometido o crime. A opinião é do tio de Patrick e irmão de Marcos, Walfran Campos, ao desembarcar em João Pessoa após passar um mês na Espanha para acompanhar o caso.

Patrick, sobrinho de Marcos Nogueira, se entregou voluntariamente à polícia espanhola no dia 19 de outubro e confessou o crime dois dias depois. Ele segue detido.

Relembre o caso

Os corpos de Janaína, Marcos e das duas crianças foram achados esquartejados em uma casa na cidade espanhola de Pioz em setembro, depois que um vizinho alertou sobre o mal cheiro perto da casa da família.

Após o início das investigações, a Justiça emitiu uma ordem de prisão europeia e internacional contra Patrick, mas até então o suspeito ainda não havia recebido nenhuma notificação sobre o mandado de prisão no Brasil.

Ele resolveu se entregar após o advogado dele, Eduardo de Araújo, voltar para o Brasil e explicar à família os detalhes do processo. O advogado informou que Patrick acredita poder se defender melhor das acusações na Espanha.

O advogado disse que ficou surpreso ao saber da confissão, uma vez que enquanto estava no Brasil, Patrick negava ter cometido o crime. “Foi algo que surpreendeu, na verdade, porque o Patrick volta para a Espanha alegando que precisaria estar lá porque teria melhores condições de apresentar suas versões do fato e se defender de suas acusações. Aqui, ele insistiu em sua inocência”, disse.