Presidente do PT na PB condiciona apoio em eleições internas a alianças estratégicas para 2026

De acordo com o dirigente, o primeiro ponto é a necessidade de um palanque amplo para Lula na Paraíba, que extrapole o espectro da esquerda

Foto: Divulgação/Rádio Pop

O presidente do PT na Paraíba, Jackson Macêdo, destacou nesta sexta-feira (10), durante entrevista ao programa Meio-Dia Paraíba, da 89 Rádio Pop, as condições para seu apoio na eleição da nova diretoria do partido, que ocorrerá em 2025 nos níveis nacional, estadual e municipal.

Em suas declarações, Jackson deixou claro que sua decisão está atrelada a três pontos estratégicos que visam consolidar o projeto do PT no estado, na Capital paraibana e fortalecer a base do presidente Lula para as eleições de 2026.

De acordo com o dirigente, o primeiro ponto é a necessidade de um palanque amplo para Lula na Paraíba, que extrapole o espectro da esquerda.

“O PT sozinho e só com a esquerda não ganha eleição. Precisamos ampliar nossas alianças para garantir a sustentação do projeto nacional no estado”, afirmou Macêdo.

O segundo ponto destacado foi o estreitamento da relação com o governador João Azevêdo (PSB). Para Macêdo, o PSB tem sido um aliado fundamental do PT, especialmente nas eleições municipais de 2024.

“João é o principal aliado do presidente Lula na Paraíba. Não faz sentido o PT fazer oposição a ele. Se o comando do PT for para um grupo que quer rompimento, 2026 será um desastre”, alertou.

Macêdo também criticou setores do partido que, segundo ele, preferem se alinhar a posturas contrárias ao governo estadual.

“Tem gente no PT que queria estar na foto de Camboinha. Eu não. Quero estar na foto de João anunciando novas políticas para o estado”, reforçou.

O terceiro ponto citado pelo presidente é o fortalecimento da relação com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP). Jackson lembrou que o PT apoiou Cícero no segundo turno das eleições municipais e destacou a importância dessa aliança para evitar o avanço do bolsonarismo na capital.

“Apoiar Cícero foi uma decisão acertada. Alertamos que a ausência de alianças fortaleceria o bolsonarismo, e foi exatamente o que aconteceu. Em 2026, o cenário será o mesmo do segundo turno em João Pessoa: quem esteve ao lado de Marcelo Queiroga estará contra João Azevêdo”, avaliou.

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